Instituto Caldeira assina termo de cooperação com hub de inovação do Uruguai

Cada vez mais internacionalizado, fortalecendo uma verdadeira teia de conexões globais que impulsionam o ecossistema de inovação gaúcho para o futuro, o Instituto Caldeira acaba de assinar um termo de cooperação com o hub de inovação do Uruguai.

Nesta terça-feira (05), uma comitiva com representantes de empresas de tecnologia do país vizinho e membros da Câmara Uruguaya de Tecnologías, do Uruguay Innovation Hub e da Agencia de Promoción de Inversiones, Exportaciones y Marca (Uruguay XXI) visitaram a sede do Caldeira, em Porto Alegre. 

Eles puderam conhecer todos os espaços dos 22 mil m² renovados do Instituto Caldeira, por meio de uma visita guiada. E após isso foi realizado um Caldeira Talks para comunidade com a intenção de discutir a transformação e construção do ecossistema de inovação do Uruguai e como podem se criar oportunidades em um contexto América Latina. 

“Nosso objetivo é acessar startups uruguaias e conectá-las com empresas do Rio Grande do Sul. Gerar oportunidades para startups gaúchas dialogarem com o ecossistema uruguaio e, não menos importante, realizar missões ao país vizinho”, ressalta Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira. 

O painel contou com a participação da diretora executiva Uruguay Innovation Hub, Sabrina Sauksteliksis e Sandro Cortesia, CEO da Ventiur.

“Este convênio entre os nossos ecossistemas permitirá experimentações, missões, intercâmbios e cocriações. Como um programa governamental que busca fortalecer o ecossistema de tecnologia com foco global, acreditamos muito nesta parceria”, disse Sauksteliksis.

A diretora ainda ressaltou que “países como o Brasil e o Uruguai, que têm grande parte de sua matriz exportadora, precisam trabalhar a inovação do agronegócio”.

O polo de inovação do Uruguai vem ganhando escala nos últimos anos e o país quer se tornar um dos ecossistemas mais relevantes na América Latina. Em 2019, a indústria tecnológica do país gerou mais de US$ 1,9 bilhão em negócios, o que representou cerca de 3% do PIB. Em 2012, sete anos antes, o mesmo setor havia movimentado apenas US$ 800 milhões. Isso mostra o crescimento da participação tecnológica na riqueza do Uruguai.

“Para nós é uma satisfação receber toda a comitiva. Buscamos estreitar as relações entre os ecossistemas dos dois países e esse acordo de cooperação concretiza essa aproximação, além de sinalizar o bom trabalho que temos feito aqui no Instituto Caldeira”, acrescentou o presidente do conselho, Marciano Testa. 

Entre as empresas que integraram a comitiva uruguaia estão a Inswitch, empresa global que desenvolve tecnologias financeiras; Doctari, especializada em tecnologia para saúde e a Eubiosis, fornecedora de soluções para laboratórios clínicos. Wagner Lopes, head de operações do South Summit, esteve também presente durante o encontro. 

Além da visita ao Instituto Caldeira, a comitiva do Uruguai se reuniu com SebraeX, membro da comunidade Caldeira, para conhecer a instituição, assim como apresentar o trabalho que tem sido desenvolvido no ecossistema uruguaio. A agenda da comitiva contou ainda com um tour pelo Tecnopuc, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS.

Conexões internacionais

Vale lembrar que 2023 foi marcado por diversas conexões internacionais envolvendo o hub de inovação gaúcho. Neste ano, o Instituto Caldeira passou a fazer parte da rede internacional de Distritos de Inovação, o IASP

Realizou uma missão com integrantes da Comunidade para o Canadá, durante o evento de inovação Collision;

Participou da Nexus Global Summit, em Nova York, para discutir o papel da educação na formação de futuros talentos do mercado de tecnologia;

Apresentou o Startup Guide RS em eventos de inovação na capital portuguesa, Lisboa;

Liderou a visita de integrantes da Comunidade Caldeira ao ecossistema de inovação de Israel;

Também foi um dos hubs selecionados para o programa de internacionalização da CNI.

E o próximo ano reserva mais conexões e missões internacionais poderosas envolvendo o Instituto Caldeira, com o objetivo ligar o ecossistema gaúcho às iniciativas globais que estão transformando a nova economia.