Bergamotta Labs e Sirros IoT se unem para criar coleira inteligente para pets

O Instituto Caldeira se tornou um polo de projetos de inovação aberta nos últimos anos, e a conexão do Bergamotta Labs, braço de inovação da Grendene, com a startup Sirros IoT, é mais um exemplo desses encontros que acontecem todos os dias no hub de inovação localizado no 4º Distrito de Porto Alegre. Juntas, as empresas trabalharam na criação da Lello, uma coleira inteligente que monitora a saúde dos pets e transmite informações aos tutores através de um app. O MVP (Minimum Viable Product, em português, Produto Minimamente Viável) da coleira Lello já foi lançado ao mercado, e novas atualizações devem ser integradas em breve ao produto.

O Especial SaaS – Serendipity as a Service levará você a conhecer tudo sobre esse projeto de inovação aberta envolvendo a Grendene e Sirros IoT. 

A Grendene é uma das maiores produtoras mundiais de calçados, e criou o Bergamotta Labs para desenvolver negócios em outros mercados promissores. Uma das apostas tem sido o mercado pet, cuja franca ascensão motivou a criação da coleira Lello, batizada em homenagem a um patrimônio nacional: o vira-lata caramelo.  

Trabalhamos com metodologias ágeis, onde a gente testa hipóteses de novos projetos, passando por provas de conceito e depois para o MVP. Com a Lello, tivemos os mesmos processos, mas ao chegar na fase de MVP vimos que precisávamos recorrer ao conceito de inovação aberta, conta Daniel Gandolfi, diretor de negócios digitais do Labs. 

O match foi com a startup Sirros IoT. Segundo Gandolfi, o Bergamotta Labs buscou no ecossistema Cadeira uma startup que tivesse consistência e criatividade. A Sirros topou o desafio e entrou no projeto para desenvolver do zero o hardware da coleira e o software do aplicativo.

A Lello foi feita a quatro mãos e a 1ª versão já está em validação no mercado. Hoje a gente consegue monitorar o tempo de repouso e de movimentação do animal, mas em breve vamos ampliar as funcionalidades, explica Lucas Toniazzo, CPO da Sirros IoT.

Vale lembrar que a Sirros IoT fez parte da segunda turma do Ebulição, em 2022, no Instituto Caldeira e, com o término do programa, se tornou membro da comunidade. Após o Ebulição, a startup recebeu um aporte de R$ 5,2 milhões, em uma rodada de investimentos com aportes da Randon Ventures, ArcelorMittal e BR Angels. Já a Grendene é uma das fundadoras do Caldeira.

A coleira possui Inteligência Artificial (IA) embarcada, que aprende conforme os dados são coletados. Isso significa que, quanto maior for o uso, mais dados serão coletados e mais refinada será a informação que o app vai ler. Com isso, nos primeiros usos os dados serão mais imprecisos, mas a tecnologia irá aprender com o próprio usuário. 

O aplicativo Lello funciona no modelo de assinaturas, disponível para sistemas Android e iOS. Já o MVP da coleira foi comercializado através de uma ação do coletivo Catarse para clientes específicos.  

“Os primeiros lotes da coleira foram destinados para usuários beta, que vão participar do desenvolvimento dessa tecnologia através do uso dela”, diz Gandolfi. Neste período de ‘pré-venda’ foram vendidas 88 Lellos.

Próximas atualizações

Primeira versão da coleira Lello. Créditos: Internet

Toniazzo explica que as próximas atualizações já foram mapeadas. Entre elas, adicionar novos tipos de monitoramento, como tempo do animal comendo, bebendo, se lambendo e se coçando. Além disso, “precisamos trabalhar ainda a questão da autonomia de bateria e captura de sinal, que são os grandes desafios neste momento”, diz o CPO da Sirros IoT.

Em outro momento, também será adicionado um sistema de geolocalização. Como a coleira se conecta ao app através de bluetooth, a distância entre o pet e o aplicativo ainda é pequena, em torno de 15 metros. 

As novas funcionalidades serão incorporadas no app em breve.

Gandolfi também explica que a coleira Lello não é adequada para transporte dos pets. Por isso, é possível acoplar o gadget em outras coleiras e peitorais mais adequados para passear.

Serendipity as a Service

A palavra da língua inglesa ‘serendipity’ significa ‘ao acaso’ em português. Inspirado no termo Software as a Service, especial Serendipity as a Service quer ressignificar esse conceito e aplicá-lo para definir as que conexões e encontros casuais que surgem no Caldeira e se transformam em oportunidades para criação de novos produtos, serviços e soluções inovadoras, que possam atender o mercado e a sociedade, de forma geral.

Fique ligado

Fique atento que em breve teremos mais cases de Serendipity as a Service. Enquanto isso, confira outros conteúdos no Blog do Caldeira.