Invest RS

“Grandes empresas de tecnologia enxergam o futuro através da conexão e da colaboração” – por Carol Bücker, da Invest RS, sobre a Missão a Londres

Entre os dias 22 e 27 de junho, o Instituto Caldeira promoveu sua primeira missão internacional de 2025, focada em Deep Techs e Inteligência Artificial. Em parceria com a Invest RS, a iniciativa reuniu uma delegação de líderes brasileiros em Londres para uma imersão nos principais centros de inovação da nova economia global, com visitas ao coração do ecossistema tecnológico britânico, onde estratégias de atração de investimentos e avanços em energia estão diretamente entrelaçados.

Logo abaixo, os insights da Carol Bücker, da Invest RS, são detalhados para ampliar o entendimento sobre as conexões entre inovação, tecnologia e energia que se revelaram ao longo da missão.

Por Carol Bücker

Inovação nuclear

“A integração entre o ecossistema de inovação e atração de investimentos é uma estratégia de visão de futuro. A tecnologia, que já é um skill forte e estruturado no Reino Unido, foi diretamente conectada à estratégia de desenvolvimento e inovação de energia, no caso, da fusão nuclear.”

O Reino Unido aproveita seu ecossistema sólido de inovação, impulsionado por centros como o Culham Centre for Fusion Energy, para alinhar a atração de investimentos com uma visão estratégica de futuro energético. O país concentra esforços comerciais e científicos no desenvolvimento da fusão nuclear, via o programa STEP, que visa construir uma usina protótipo até 2040, e também incentiva spin‑offs tecnológicos e parcerias público‑privadas que reforçam a liderança global na área.

Energia futurista

“Escolha pela fusão nuclear como fonte principal de energia para a tecnologia levou em consideração a importância da auto suficiência energética in loco.”

A opção pela fusão nuclear como base energética realça a busca por independência e segurança energética,  especialmente relevante em regiões como Nottinghamshire, onde o futuro STEP está sendo planejado no local de uma antiga usina a carvão. Com um investimento recorde de £410 milhões em janeiro de 2025, o governo britânico reforçou seu compromisso com o desenvolvimento de uma fonte limpa, autossuficiente e alinhada à tecnologia avançada . A co-localização de centros de inovação em IA e tecnologia, que demandam alta estabilidade energética, reforça a interdependência entre energia futurista e infraestrutura tecnológica.

Conexão e colaboração

“Grandes empresas de tecnologia, como IBM e Oracle, enxergam o futuro de seus negócios através da conexão e colaboração com o ecossistema – clientes, concorrentes, fornecedores, investidores, universidades. O mesmo se aplica a fundos de investimentos. A estratégia é de colaboração dentro do ecossistema de negócios para fortalecer o Reino Unido”

No Reino Unido, players como IBM e Oracle apostam na colaboração ampla com diferentes stakeholders para moldar a próxima geração de soluções, conectando nuvem, IA e setores como energia e pesquisa. Prova disso é o investimento de US$ 5 bilhões da Oracle em infraestrutura de nuvem no país, alinhado aos projetos de IA soberana, e as parcerias com IBM anunciadas em 2025, integrando IA, multicloud e IA agentic para operações públicas e privadas. Essas estratégias reforçam a construção de um ecossistema robusto — universidades, empresas, investidores — que sustenta a competitividade e o desenvolvimento tecnológico do país.


Ainda em 2025, o Instituto Caldeira irá realizar mais duas missões internacionais. Em agosto, ocorre a Missão ao Vale do Silício, com foco em Inteligência Artificial. Em outubro, a missão será na China, com o tema Tecnologia & Infraestrutura. Para saber mais acesse o link.