DeFi redefine futuro das finanças

DeFi redefine futuro das finanças

E se de repente estivéssemos diante da possibilidade de, a partir do uso da tecnologia blockchain, redefinir o futuro das finanças, tornando-a um mercado aberto a qualquer pessoa que desejasse fazer parte?

Se as criptomoedas surgiram com a missão de descentralizar o dinheiro, DeFi nasce para transformar a estrutura do sistema financeiro. A Decentralized Finance (finanças descentralizadas, em português) já dá sinais do impacto que pode gerar no modelo tradicional de finanças, a partir de um ecossistema global, descentralizado, independente, menos burocrático e mais acessível.

Esse é  o tema do segundo episódio da série Ideias do amanhã, que conta com a curadoria do Jornal do Comércio e do Instituto Caldeira, e que apresenta conceitos e tecnologias que estão rompendo as fronteiras entre o mundo físico e digital, norteando a visão e as ações das empresas do futuro e, claro, impactando a forma como vivemos e como fazemos negócios. Os conteúdos estão sendo publicados no Mercado Digital, plataforma de conteúdos sobre tecnologia e inovação do JC, e aqui no nosso blog.

Resumidamente, são plataformas que tornam possível que os usuários realizem operações financeiras independente dos reguladores tradicionais, como bancos e bolsas.

O crescimento dos aportes de capital de risco envolvendo negócios de DeFi cresceu 94% ano passado, segundo estudo da CB Insights. Foram 240 ofertas. O rendimento acima da média, as novas demandas dos consumidores e o crescente interesse das instituições fizeram as empresas de transações descentralizadas se tornarem muito atraentes para os investidores. Em dólar, os financiamentos em DeFi cresceram 851% na comparação ano a ano, atingindo US$ 3,4 bilhões.

E quais são as aplicações? Desde os stablecoins, ativos digitais cujo preço está atrelado ao valor dos ativos de reserva subjacentes para oferecer uma criptomoeda com pouca volatilidade no preço da própria moeda, até as trocas descentralizadas, seguros, empréstimos e derivativos (ativos sintéticos), aponta levantamento da consultoria PWC.

Outra possibilidade é o conceito de composição, o que significa que qualquer pessoa pode misturar e combinar qualquer oferta DeFi existente para construir uma nova. “A capacidade de composição de tal rede, efetivamente feita de blocos de componentes interligados, também significa que inovações e necessidades mais recentes no espaço financeiro podem ser facilmente construídas em cima da rede e conectadas, com tudo sendo regido por contratos inteligentes”, destaca o estudo da consultoria.

A verdade é que os entusiastas de DeFi acreditam que esse modelo poderá revolucionar a relação das pessoas com o dinheiro por meio de diversos novos utilitários DeFi, de contratos inteligentes a transferências de dinheiro baratas e instantâneas. E aqui vale um destaque: o DeFi não interessa a um pequeno grupo de traders apenas – as finanças descentralizadas são para todos, especialmente os não bancarizados.

Vamos aos números para entender um pouco mais sobre esse potencial. O Valor Total Bloqueado em protocolos DeFi chegou a US$ 93 bilhões no início de janeiro de 2022, segundo o DediPulse, site que publica métricas sobre o mercado de finanças descentralizadas. Já um estudo da Binance Research revelou que o crescimento dos DeFis foi de 2.300% em 2020, totalizando 1 milhão de usuários.

DeFi representa uma evolução do sistema monetário, que vimos surgir com o bitcoin e outras moedas, para um sistema financeiro completo”, analisa Fausto Vanin, cofundador da OnePercent.

Segundo ele, isso representa uma série de possibilidades na medida em que não focamos apenas na moeda, mas em um modelo que pode trazer novos serviços e produtos como fundos de investimentos, câmbio, derivativos e cestas de ativos.

A grande sacada é ter dentro do mundo cripto a possibilidade de operar em diferentes ativos, entrando muitas vezes com tokens e usando o protocolo de troca descentralizada. Isso reduzirá muito a barreira para as pessoas entrarem no mundo das finanças e terem oportunidade de acessarem produtos e serviços”, avalia.

No Brasil, temos visto o mercado de capitais tentando encontrar caminhos para se posicionar. E existem, segundo Vanin, muitas possibilidades de disrupção do mundo atual. “Vamos imaginar que no futuro próximo seja possível termos tokens que representam a participação societária em uma companhia. Na medida que tornamos possível que essa fatia seja comprada ou vendida em um contexto DeFi, um modelo descentralizado, de baixo custo e mais acessível, estaremos criando uma nova versão da Bolsa de Valores e desafiando o modelo atual”, comenta, acrescendo que, para isso ser possível, entretanto, ainda precisaríamos avançar na questão regulamentária.

Mas, afinal, o que é Decentralized Finance?

DeFi é o nome dado ao conjunto de serviços e produtos financeiros, que, via de regra, não são controladas por intermediários, como bancos, corretoras e demais instituições financeiras.

Essas plataformas têm o objetivo de simplificar a contratação e negociação de empréstimos, seguros, jogos, NFTs. Assim, permitem que investidores, financiadores, tomadores de empréstimo, vendedores e compradores negociem diretamente entre si.

A maioria das plataformas DeFi se enquadra na categoria de aplicativos descentralizados (dApps) construídos sobre blockchains enriquecidos por contratos inteligentes”, detalha Tatiana Revoredo, membro fundadora da Oxford Blockchain Foundation.

No DeFi, a negociação ocorre no modo peer-to-peer, o que quer dizer que a forma de transferência, os valores, os juros, a garantia e demais normas são previamente definidos nesses contratos inteligentes e automatizados, sem a necessidade de recorrer a uma entidade para intermediar a operação.

Um dos principais locais das aplicações DeFi é a rede Ethereum, lançada em 2015. O projeto foi o primeiro a oferecer aos usuários uma plataforma open source na qual é possível construir aplicativos descentralizadas (DApps). Desde então, outras redes blockchain passaram a desenvolver novos conceitos de soluções descentralizadas, como a Terra (Luna), a THORChain (Rune) e a Solana (SOL).

Sem a necessidade de uma infraestrutura centralizada ou governança humana, os dApps podem permitir que os usuários executem transações financeiras com taxas mais baixas do que outros aplicativos de fintechs ou instituições financeiras.

Adoção massiva depende de uma mudança cultural e de comportamento

Olhando para uma perspectiva de longo prazo, a DeFi surge como uma tendência inevitável de adoção de mecanismos reduzidos de controle central. Para o sócio da Strategy&, divisão de consultoria estratégica da PwC, Willer Marcondes, quando as finanças descentralizadas atingirem a maturidade, deverão gerar redução de custos de produtos financeiros, transações mais rápidas e a possibilidade de conectar diretamente pessoas no conceito P2P para, assim, encontrar em simultaneamente diferentes interesses. “A evolução de mecanismos e tecnologias de DeFi vai gerar impactos na vida das pessoas e nos negócios financeiros”, aponta.

JC – Em que aspecto o DeFi representa, de fato, uma ruptura no modelo de atuação que estamos acostumados?

Willer Marcondes – O conceito fundamental para o surgimento da DeFi é a possibilidade de execução de operações financeiras sem a necessidade de intermediários ou de regulação direta do sistema financeiro. Apenas para citar um exemplo. Hoje, uma transação de cartões de crédito envolve diversos intermediários, como o banco emissor do cartão, a empresa credenciadora que fornece a máquina de cartão, o banco domicílio no qual o comércio recebe as vendas com cartão, além do envolvimento do arranjo de pagamento (bandeira de cartões) e de câmaras de liquidação e de controle dos recebíveis. Cada um recebendo uma remuneração por seus serviços.

No universo de DeFi é possível conectar diretamente pessoas físicas e/ou pessoas jurídicas entre si. Ao utilizar mecanismos seguros, torna-se viável que as transações financeiras sejam realizadas sem intermediários. Estes mecanismos seguros utilizam princípios e tecnologias relacionadas com o blockchain, como o conceito de registro distribuído (DLT), uso de smart contracts, certificados digitais através de tokens e uso de aplicativos descentralizados (DApps).

JC – Quais as possibilidades de aplicações que serão possíveis com a partir dessa descentralização?

Marcondes – Os usos são diversos, mas já é possível observar aplicações para realização de câmbio de moedas (exchange), empréstimos financeiros no conceito peers-to-peers (P2P), além de fundos de investimentos para aplicações de negócios DeFi. Com o amadurecimento destas soluções, esperamos o surgimento de diversos outros casos de usos.

JC – Como o DeFi vai impactar os negócios e a vida das pessoas?

Marcondes – Para as pessoas, a expectativa é que a consolidação das soluções de DeFi possa gerar redução de custos de produtos financeiros, transações mais rápidas e a possibilidade de conectar diretamente pessoas no conceito P2P para encontrar simultaneamente diferentes interesses. O mesmo vale para as pessoas jurídicas.

Para os negócios bancários e financeiros, o principal impacto é o surgimento de um modelo que, na prática, passa a competir com produtos financeiros tradicionais, oferecendo alternativas de baixo custo. É esperado que com a evolução de modelos de negócios DeFi as instituições financeiras tradicionais e as fintechs passem a oferecer serviços e aplicações ligadas a essa nova modalidade, buscando, a exemplo de outras tecnologias disruptivas, eliminar custos e ineficiências dessas transações/processos.

JC – Quais as tecnologias que estão viabilizando o DeFi?

Marcondes – Sem dúvida, a tecnologia do blockchain e os conceitos e soluções nela baseados permitiram a expansão das soluções e das tecnologias estruturantes já comentadas. Além disso, para que os casos de usos tenham melhor aceitação e experiências mais efetivas é desejável ter uma melhor qualidade do dispositivo móvel e uma conexão de internet móvel boa e estável. Neste sentido, a propagação dos smartphones e a evolução das redes móveis aqui no Brasil devem auxiliar na consolidação de modelos DeFi localmente.

JC – Qual o nível de maturidade de adesão a essa tecnologia hoje em dia?

Marcondes – Mesmo em uma expectativa global, o grau de maturidade em DeFi ainda é considerado baixo. Existem discussões importantes sobre responsabilização e parâmetros de segurança. Considerando que o modelo é descentralizado, é difícil atribuir indenizações em casos de falhas ou problemas neste modelo e isso está sendo discutido amplamente no mundo todo.

Apesar disso, quando olhamos especificamente para as criptomoedas que usam aplicações de blockchain similares, já há um grau de maturidade razoável e há um bom entendimento dos riscos e benefícios para o consumidor. Essa maturidade foi consolidada especialmente nos últimos três anos. É possível esperar que em alguns anos as aplicações de DeFi se tornarão mais bem aceitas e de conhecimento do público em geral.

Apesar dos progressos acima, as soluções ainda representam um pequeno grupo de usuários mais aderentes às novas tecnologias. Para o público em geral, há ainda bastante espaço para discussões e amadurecimento.

JC – O que a chegada do DeFi fala sobre essa nova cultura/comportamento do mercado e dos novos consumidores?

Marcondes – A adoção massiva de negócios DeFi depende de uma mudança cultural e de comportamento dos consumidores, aqui no Brasil e mesmo no exterior. As instituições financeiras tradicionais conseguiram consolidar uma posição de segurança e confiabilidade na gestão financeira das pessoas e das empresas. As pessoas confiam no sistema bancário atual, que já está consolidado há muitos anos e que possui amplos controles para garantir sua estabilidade.

Quando aprofundarmos o tema em novos negócios com as finanças descentralizadas haverá uma fase inicial de desconfiança por parte do consumidor, até que seja observada a confiabilidade do sistema. Nesta fase inicial, tipicamente teremos como usuário o consumidor entusiasta de novas tecnologias, o chamado early-adopter, e que, superada a desconfiança inicial, é possível esperar uma adoção massiva destas soluções. Olhando para uma perspectiva de longo prazo, a DeFi surge como uma tendência inevitável de consolidação de modelos de negócios com mecanismos reduzidos de controle central. A questão que precisa ser respondida agora é como consolidar estes modelos com segurança e com os controles mínimos necessários.

Questões regulatórias e de compliance ainda são nebulosas

Embora DeFi se demonstre promissor, é notória a crescente preocupação em relação aos riscos que a cerca. Entre janeiro e abril de 2021, os ataques às plataformas de finanças descentralizadas foram responsáveis por US$ 156 milhões dos US$ 432 milhões roubados em moedas digitais, de acordo com a CipherTrace.

Além disso, são inúmeras as dúvidas sobre como as plataformas DeFi devem ser tratadas de acordo com a Lei de Sigilo Bancário, leis de valores mobiliários e outros regulamentos relativos à compliance e segurança. Neste contexto, a discussão em torno de seu estado regulatório começa a ganhar força.

Tatiana Revoredo comenta que as plataformas DeFi podem, teoricamente, funcionar de forma autônoma, sem intervenção humana. Geralmente, nunca assumem a custódia de fundos (que permanecem nas carteiras digitais dos investidores), o que leva ao argumento de que não poderiam ser regulamentadas.

Muitas plataformas são centralizadas o suficiente para que as equipes por trás delas possam bloquear transações arriscadas e tomar outras ações contra atividades criminosas em potencial, sugerindo que elas possam ser regulamentadas como outras plataformas de criptoativos”, alerta a especialista.

Na mesma linha, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários norte-americana, Gary Gensler, disse, em entrevista ao Wall Street Journal, que as plataformas financeiras descentralizadas não estão imunes à regulação.

Projetos que recompensam os participantes com valiosos tokens digitais ou incentivos semelhantes podem cruzar uma linha de atividade que deve ser regulamentada, não importa o quão ‘descentralizados’ eles digam que são”, argumentou.

O diretor de conteúdo da CoinDesk, Michael Casey, em entrevista para o site da MIT Sloan School of Management, defende que a regulação é bem-vinda, mas até certo ponto. Segundo ele, grande parte da regulamentação financeira atual foi projetada para supervisionar intermediários que têm um dever fiduciário para com investidores, usuários e consumidores. Porém, os sistemas financeiros descentralizados, pelo menos em teoria, criam uma estrutura que torna parte dessa regulamentação redundante.

Acabamos criando uma regulamentação excessiva e tudo o que isso faz é tornar muito mais difícil a construção de coisas inovadoras, ao mesmo tempo em que cria uma barreira protetora em torno do sistema bancário estabelecido”, disse Casey.

Em um relatório sobre o tema publicado recentemente, a IOSCO (International Organization of Securities Commissions), formada por reguladores de valores mobiliários dos Estados Unidos, Europa e Ásia, reconhece que DeFi é uma área em constante evolução. Mas, alerta para os riscos.

“Em sua essência, DeFi procura evitar intermediários tradicionais entre as partes nas transações. Embora se argumente que a desintermediação permite uma execução mais rápida, barata e eficiente das transações, ela também elimina os participantes do mercado que tradicionalmente atuavam desempenhando papéis centrais de garantir a proteção do investidor e a integridade do mercado”, destaca no documento.

A instituição cita como exemplo intermediários que fornecem consultoria de investimento para ajudar os investidores a entender os benefícios e riscos potenciais de um determinado investimento. “Embora DeFi tenha sido apresentado como oferecendo certos benefícios, ele também apresenta vários riscos para os participantes, inclusive para os investidores e os mercados, atualmente e à medida que se desenvolve”, aponta.

Existem diferenças entre as plataformas de criptoativos (criptomoedas e tokens) e as de DeFi. A primeira, explica Tatiana Revoredo, assume a custódia dos fundos dos usuários e possui equipes para administrar internamente os fundos que foram depositados, manter livros de pedidos e resolver problemas que surgem para os clientes, de forma semelhante a uma instituição financeira convencional.

Já as plataformas de DeFi são governadas por código de software autoexecutável, sem depender de equipe ou empresa que as gerencie, o que explica o fato de não assumirem a custódia dos fundos dos investidores.

“As plataformas DeFi não se comportam como um intermediário ativo da mesma forma que outras plataformas de criptos”, afirma. A especialista relata que algumas pessoas, como Adam Cochran, sócio e consultor da Cinneamhain Ventures, argumentam que as agências reguladoras provavelmente explorarão outros meios de fazer cumprir a lei nas plataformas DeFi, independentemente de estarem ou não associadas a uma empresa formal.

Outras, como o pesquisador Ryan Selkis aponta, em um boletim informativo recente, que o argumento é discutível no momento, porque a maioria das plataformas DeFi atualmente possui equipes ‘centralizadas’ no background, capazes de atualizar protocolos para congelar fundos de usuários ou bloquear transações se necessário.

Todo esse cenário faz com que a especialista classifique como nebuloso o futuro desse debate a respeito do estado regulatório e dos mecanismos de compliance em DeFi. “Há ainda muita água para rolar em termos de desenvolvimento tecnológico e em aprendizado pelas agências reguladoras. Neste momento, é difícil traçar um panorama claro das responsabilidades regulatórias das plataformas DeFi”, conclui Tatiana.

Mercado intensifica fase de experimentações, diz analista da Empiricus

O mercado ainda vive uma fase de experimentações em relação a DeFi, avalia o analista de criptoativos da Empiricus, Vinicius Bazan.

Tivemos o hype no ano passado e agora vejo um amadurecimento. Em dois anos, deveremos ter soluções financeiras completamente diferentes do que vemos acontecendo”, aposta.

Para ele, a evolução que veremos será menos focada nos produtos em si, e mais na relação dos usuários com os produtos. “A ideia do DeFi é não precisar de órgãos centrais para oferecer produtos e serviços, e conectar usuários de forma simples”, analisa. Um exemplo de aplicação são as Exchanges Descentralizadas (DEX), plataformas de negociação de criptoativos que permitem aos usuários trocarem criptomoedas sem intermediários.

A perspectiva também é a de criação de novos produtos, como no segmento de empréstimos, ajudando os usuários a se beneficiarem de taxas de juros mais acessíveis do que as oferecidas pelos bancos. “Ao transmitir o poder de tomar empréstimos para os usuários de forma mais direta, beneficiamos as pessoas de um ambiente mais justo. Não se trata de matar o crédito bancário e substituir tudo por DeFi, mas de entender em que perfil de aplicação esse modelo descentralizado fizer mais sentido”, analisa Bazan.

Mas, claro que o avanço deste novo conceito não é alto trivial. O ambiente de DeFi é o mais complexo para o teste de novos produtos, justamente porque envolve dinheiro, ao contrário de outras aplicações como de NFTs (tokens não-fungíveis) e jogos.

No mundo de games é mais simples, pois os experimentos são feitos no campo do entretenimento. Aqui é preciso mais cuidados, mas, olhando para ciclos de outros segmentos de cripto, em dois anos teremos muita evolução em DeFi”, projeta o executivo.

No caso da Empiricus, os testes estão se intensificando. “Queremos nos expor ao mercado de cripto, buscando crescimento de valor. Apostamos neste mercado como um todo nos aprofundamos em cada uma dessa teses, capturar crescimento com ativos certos. Em DeFi estamos observando produtos melhor posicionados para capturar crescimento”, conta.

Entenda o blockchain

Blockchain é um livro-razão compartilhado e imutável que facilita o processo de registro de transações e o rastreamento de ativos em uma rede empresarial. Um ativo pode ser tangível (uma casa, um carro, dinheiro, terras) ou intangível (propriedade intelectual, patentes, direitos autorais e criação de marcas). Praticamente qualquer item de valor pode ser rastreado e negociado em uma rede de blockchain, o que reduz os riscos e os custos para todos os envolvidos.

A blockchain fornece informações imediatas, compartilhadas e completamente transparentes armazenadas em um livro-razão imutável que pode ser acessado apenas por membros da rede autorizada. Uma rede blockchain pode acompanhar pedidos, pagamentos, contas, produção e muito mais.