As 10 startups brasileiras que podem se tornar unicórnios, segundo o Distrito

O ambiente complexo nas esferas política econômica no mundo tem freado a evolução de startups brasileiras para unicórnios brasileiros em 2022. Mesmo assim, o que não faltam são empresas de tecnologia que continuam em busca de criar impacto na vida das pessoas e em diferentes mercados. Por isso, é bem possível que novos projetos furem a barreira do US$ 1 bilhão.

Quais startups podem se juntar ao clube de 23 unicórnios que o Brasil tem hoje? O Corrida dos Unicórnios, levantamento feito anualmente, desde 2019, pela plataforma de inovação Distrito, listou as 10 empresas com mais potencial para, em algum momento, atingir uma avaliação de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão. O estudo também elencou as Top 50 que reúnem condições de chegar a essa marca.  

De acordo com o Distrito, as 10 startups que o Distrito acredita que serão as primeiras a atingir o status de unicórnio: Alura, Cerc, Cora, Evino, Flash, Omie, Órigo Energia, PetLove, Pismo e Solfácil.  

Com liderança absoluta das fintechs, que já é o setor com mais unicórnios no Brasil, as dez apostas que lideram a Corrida receberam ao todo pouco mais de US$ 1,4 bilhão em 38 rodadas. Em meio a uma queda nos investimentos em startups, o Distrito aponta que é pouco provável nascerem novos unicórnios no Brasil em 2023. O volume de investimentos caiu de US$ 9,8 bilhões em 2021 para US$ 4,46 bilhões em 2022. Com isso, no ano passado apenas duas empresas atingiram a marca de unicórnio, as fintechs Neon e Dock, enquanto que em 2021 foram 10.  

O momento é complexo para todas as empresas de tecnologia no mundo. Além da restrição de capital, a seletividade dos investidores ficou radicalmente maior. Assim, ao longo deste ciclo de ajuste, a probabilidade de surgirem novos unicórnios é baixa, explica Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.  

No entanto, ele acredita que em algum momento o fluxo de investimento retorne com força e os novos unicórnios voltem a aparecer.

Das 10 candidatas a unicórnio, oito foram fundadas a partir de 2013. No ano passado, o levantamento do Distrito apresentou o tempo médio que os unicórnios brasileiros levaram para atingir o status. Eles foram divididos em duas gerações principais. No caso da primeira geração, as startups demoraram em média 6,9 anos para se tornar unicórnio. Na segunda geração, o tempo médio foi de 7,7 anos.  

A lista deste ano traz empresas mais maduras e estruturadas, mas isso não quer dizer que o desafio é pequeno. É importante ressaltar que, para isso acontecer, é necessária uma melhora significativa do humor do mercado, diz Gierun.

As Top 40

O Distrito elaborou uma lista mais completa com as Top 40 startups que estão em um mercado de alto potencial, possuem modelos de negócio claros e validados, já receberam um montante elevado de investimento e contam com potencial para crescer e obter novos aportes que elevem seu valuation até US$ 1 bilhão, ainda com capital fechado. Juntas, essas empresas receberam quase US$ 5 bilhões em investimento. Vale lembrar que nas Top 40 estão incluídas as 10 com maior potencial. 

1  – SolinftecAgtech
2 – DescomplicaEdtech
3 – AluraEdtech
4 – Órigo EnergiaEnergytech
5 – SolfácilEnergytech
6 – CoraFintech
7 – OmieFintech
8 – PismoFintech
9 – Open CoFintech
10 – NelogicaFintech
11 – FlashFintech
12 – CercFintech
13 – QuodFintech
14 – Will BankFintech
15 – ContabilizeiFintech
16 – WarrenFintech
17 – Start BankFintech
18 – A55Fintech
19 – NomadFintech
20 – ContaAzulFintech
21 – AgrolendFintech
22 – AsaasFintech
23 – Fazenda FuturoFoodtech
24 – Liv UpFoodtech
25 – ShopperFoodtech
26 – AliceHealthtech
27  – Dr. ConsultaHealthtech
28 – 3778Healthtech
29 – Conexa SaúdeHealthtech
30 – BeepHealthtech
31 – SolidesHRtech
32 – PipefyHRtech
33 – GupyHRtech
34 – TractianIndústria
35 – CortexMartech
36 – EscaleMartech
37 – BuserMobilidade
38 – KoviMobilidade
39 – tembiceMobilidade
40 – MottuMobilidade
 

Novamente, as fintechs lideram a lista. Dos 23 unicórnios atuais do Brasil, 34,8% são do setor. Em seguida, vem a healthtech. O Brasil, assim como o resto da América Latina, ainda não tem nenhum unicórnio do setor de saúde. A qualquer momento, uma dessas cinco empresas pode se tornar o primeiro unicórnio healthtech não só do Brasil, mas de toda a América Latina. 

Para chegar a essas candidatas, o Distrito levou em consideração fatores como tempo de captação entre as rodadas e o valor do investimento recebido, além de condições macroeconômicas, indicadores setoriais e dados qualitativos.