Douglas Ulian, gerente executivo de arquitetura e soluções digitais da RBS falou sobre o atual desafio da empresa

RBS e Kodex apresentam desafios no retorno do Pitch Reverso

O Instituto Caldeira voltou a ser palco do Pitch Reverso nesta quinta-feira (25), após as enchentes que afetaram o hub de inovação. O evento contou com a participação do Grupo RBS, maior grupo de comunicação do Estado e uma das fundadoras do Caldeira, e da Kodex Express, que chegou recentemente ao Instituto. 

Entre os desafios apresentados, a RBS procura atualmente criar uma jornada de consumo recorrente e personalizada para o público de GZH. Já a Kodex busca um sistema integrado de TI e plataformas que facilite a interoperabilidade entre diferentes soluções. A expectativa é que as startups da Comunidade ajudem a endereçar essas questões. 

O blog do Instituto Caldeira acompanhou o evento e conversou com os representantes das empresas. Veja agora tudo sobre o evento e as demandas desses dois grandes players.

A RBS participou pela primeira vez do evento e trouxe os desafios recentes dos canais da empresa. A GZH, marca que entrega os conteúdos endossados por Zero Hora e Gaúcha, passou recentemente por um relançamento, reforçando ainda mais essas duas marcas. Hoje, o GZH apresenta em média 77 milhões de pageviews por mês, com 80% desse consumo sendo mobile. 

O modelo de negócio do GZH divide-se entre B2B e B2C, com metade da receita proveniente de assinaturas e a outra metade da publicidade. Segundo Douglas Ulian, gerente executivo de arquitetura e soluções digitais da RBS, observa-se um crescimento constante no número de assinantes digitais. Atualmente a plataforma de notícias conta com 121 mil assinantes

“No cenário global, há um domínio das plataformas online na distribuição de conteúdos. Nos últimos seis anos, se percebeu uma queda nos sites de notícias e um crescimento contínuo nos mecanismos de busca e nas plataformas de redes sociais”, explica Douglas.

A realidade hoje do mercado é que os algoritmos são otimizados conforme os objetivos de cada empresa, tornando desafiador encontrar conteúdo confiável e de qualidade, comenta o gestor. Além disso, o acesso direto a sites e apps, que faz parte da estratégia, está diminuindo.

A confiança no conteúdo noticioso e o interesse por notícias também estão em declínio, devido à sobrecarga de informações que as pessoas recebemO nosso desafio é criar uma jornada de consumo recorrente, engajante, confiável e personalizada dentro de GZH.

De acordo com o gerente executivo, para criar uma experiência de consumo recorrente de notícias é essencial olhar para a redação e para as pessoas que pesquisam, descobrem a verdade, escrevem e entregam esse conteúdo.  Atualmente, o grupo está experimentando o projeto “Gestão de Conteúdo”, que busca um parceiro com inteligência artificial para entender o comportamento de consumo das pessoas e identificar quais atributos fazem com que elas leiam mais, se engajem mais e assinem mais. Isso permite analisar o conteúdo que está sendo escrito e otimizar a estratégia.

Além disso, a GZH está ampliando a presença em vídeos curtos e investindo nessas plataformas de vídeos, conectando-se ainda mais com o público e garantindo uma experiência de consumo de notícias moderna e dinâmica. 

Desafios dentro do mercado de logística

A Kodex Express, empresa de inteligência em mobilidade logística, se destaca por solucionar problemas logísticos a partir de inovação e hiperconectividade em seus serviços, que incluem operações rodo-aéreas com retirada e embarque nos principais aeroportos do país, além de veículos dedicados 24 horas e projetos multimodais. 

A companhia chegou em junho na Comunidade Caldeira. “Somos uma empresa que está fazendo 10 anos e estamos junto com vocês para inovar. A gente valoriza muito a inovação aberta e a Kodex está preparada para se conectar, para que a gente possa inovar”, afirma Thaís Bandeira, diretora de negócios da Kodex Express.

Thaís Bandeira, diretora de negócios da Kodex Express

A companhia quer entregar soluções customizadas para seus clientes, a partir das necessidades trazidas por eles. “A gente ouve o nosso cliente e molda a logística conforme a necessidade. Temos expertise no rodoviário, no transporte de carga aérea, na parte internacional marítima e aérea, então nós somos completos”, afirma Thaís.

O nosso propósito é entregar tempo para os nossos clientes. A gente vende tempo e não transporte, completa.

A Kodex apresentou um desafio relacionado aos sistemas de TI legados e à falta de integração entre diferentes plataformas, o que resulta em ineficiências operacionais e dificuldades na troca de informações. A necessidade identificada é de um sistema integrado de TI e plataformas que facilitem a interoperabilidade entre diferentes soluções. 

“O desafio lançado aqui hoje foi para que a gente tenha uma plataforma integradora entre o nosso sistema TMS e as tecnologias que vêm por aí. Precisamos ter essa arquitetura muito bem preparada para que a gente possa se comunicar cada vez melhor com os nossos clientes e fornecedores”, relata Thaís.

Isso é de extrema importância, pois a empresa conta com clientes da área da saúde, do setor de tecnologia, além de fábricas e indústrias, que exigem que a carga esteja no tempo certo. 

Segundo Thaís, grande parte dos estoques dos clientes está em movimento, presente em um avião ou em um caminhão. “É uma responsabilidade gigante, principalmente quando a gente trabalha na área da saúde. Temos que ter muita exatidão e postura de solução quando se trabalha com esse tipo de setor”, comenta. A companhia apresenta quatro principais soluções oferecidas: Kodex Aéreo Imediato, Kodex Rodo Expresso, Kodex Aéreo Convencional e Kodex Courier.

Atualmente, a Kodex conta com um Sistema Operacional de Transporte (TMS) que está ligado a fornecedores e possui inúmeros acessórios, como o chatbot e um sistema integrado com as companhias aéreas. No entanto, existe a necessidade de uma solução que unifique esses sistemas e tecnologias para trazer a informação de forma mais clara e ágil para os clientes. Com essa unificação, a Kodex espera alcançar a redução de custos, o aumento da produtividade e a melhoria no planejamento, além de entregar ao cliente a informação que ele precisa na hora, e não em relatórios posteriores.