sustentabilidade

Parceria entre startup e plataforma de ensino em inglês possibilita a internacionalização de negócio focado em  sustentabilidade 

Tudo começou com um café no Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Ali, em meio às conexões criadas pelo programa Ebulição, nasceu uma parceria que promete acelerar o impacto global de uma startup brasileira voltada à sustentabilidade. De um lado, a Mercado Net Zero (MNZ), jovem empresa que atua no setor de créditos de carbono. Do outro, a iWill, escola de inglês com uma abordagem personalizada e voltada ao mercado de trabalho real.

O ponto em comum entre as duas? A ambição de crescer com propósito — e a consciência de que, para dialogar com o mundo, é preciso falar a língua dele.

A MNZ foi fundada em 2024 por Giuliano Capeletti, com intuito de que empresas consigam fazer a neutralização de carbono de forma consciente e com segurança, através da educação sobre créditos de carbono, um assunto ainda muito novo no mercado. 

Ao atuar em projetos de geração de créditos de carbono, a MNZ percebeu um problema recorrente: empresas com boas intenções, mas sem conhecimento suficiente, acabavam comprando créditos de qualidade duvidosa e pagando caro por isso. “Criamos a MNZ para trazer mais segurança e clareza ao mercado de neutralização de carbono”, conta Giuliano. “Nosso diferencial é a due diligence rigorosa dos projetos que oferecemos.”

Com transparência como valor central, a MNZ detalha cada etapa da transação para seus clientes — e se posiciona como uma das únicas plataformas do Brasil a realizar curadoria ativa dos projetos de compensação de carbono.

Mas o mercado de carbono não tem fronteiras. Os principais players, regulamentações e projetos estão espalhados pelo mundo — o que torna o domínio do inglês essencial para qualquer empresa que queira se destacar nesse setor. Giuliano sabia disso. E, antes mesmo de expandir a atuação da MNZ para fora do Brasil, tomou uma decisão estratégica: preparar sua equipe para o mundo. Foi aí que entrou a iWill.

“Queríamos mais do que um curso de inglês. Precisávamos de uma formação alinhada ao nosso contexto, ao nosso setor e aos desafios reais do nosso dia a dia”, explica Giuliano. “A iWill entendeu isso desde o início.”

Inglês com propósito

Fundada em 2021 por Bill Wecki, a iWill surgiu para suprir uma demanda clara: profissionais que precisam se comunicar com confiança em um mundo globalizado. Mas o diferencial da escola vai além do idioma. “A barreira não é só o verbo. É a insegurança, o medo de travar na hora da reunião”, afirma Bill.

Por isso, nosso modelo foca em conversas reais, situações práticas e vocabulário técnico adaptado ao setor de cada aluno.

A parceria com a MNZ é um reflexo direto dessa filosofia. Colaboradores de diferentes áreas da startup — inclusive jovens vindos de projetos sociais — passaram a ter aulas com foco em situações específicas do mercado de carbono. Desde interações com investidores internacionais até o entendimento de normativas globais e o acesso a materiais sobre Inteligência Artificial, o inglês se tornou uma ferramenta estratégica dentro da MNZ.

Os resultados já são visíveis. “Percebemos uma evolução não só no nível estratégico da empresa, mas também nas operações do dia a dia”, afirma Giuliano.

Hoje temos pessoas lendo artigos internacionais, participando de eventos em inglês e se sentindo preparadas para conversar com qualquer parceiro global.

E o movimento não é isolado. Segundo Bill, muitas startups brasileiras ainda demoram para investir na preparação do time. “Tem gente que começa a traduzir pitch deck, abre conta em dólar, procura investidor, mas esquece que quem vai sentar na reunião e apresentar tudo é o time. E se ele não estiver pronto, o negócio não anda.

Para ele, o inglês bem falado inspira confiança e abre portas. “A diferença entre um ‘sim’ e um ‘talvez’ pode ser a forma como você apresenta sua ideia.”

Cultura internacional começa em casa

Um ponto importante dessa história é a visão compartilhada entre as empresas. Ambas acreditam que internacionalização não é apenas uma questão de abrir CNPJ fora do país — começa pela formação interna. “Se você quer atuar globalmente, precisa preparar seu time desde o onboarding. Cultura internacional começa dentro de casa”, afirma Bill.

A conexão entre MNZ e iWill mostra como parcerias bem alinhadas podem acelerar o crescimento de startups brasileiras e torná-las mais competitivas no cenário global. Mais do que oferecer aulas, a iWill se tornou parte da estratégia de expansão da MNZ.

Nas palavras de Giuliano “o inglês hoje não é mais diferencial. É requisito básico para inovação. Ele dá acesso à informação antes de todo mundo — e isso é o que coloca uma empresa na frente.”

Bill resume com uma provocação: “O mundo está mudando rápido. O idioma dessa mudança é o inglês. E quem estiver preparado, vai sair na frente.”