Para empreendedores da educação, formação tech é o caminho para uma carreira de sucesso
A educação como ferramenta real de transformação, que potencializa a habilidade dos alunos, mas também os direciona para um ambiente de abundância: o mercado tech. Em paralelo com o gap educacional e a escassez de talentos no mercado brasileiro de tecnologia, diversas iniciativas vêm nascendo para aumentar a formação de programadores, engenheiros prompt, especialistas em encriptação e todas essas novas atividades que a tecnologia trouxe.
De acordo com uma projeção realizada pela Brasscom, as empresas de tecnologia demandam cerca de 159 mil profissionais por ano. No entanto, instituições de ensino superior formam cerca de 50 mil jovens na área de TI anualmente.
Matheus Goyas, CEO e fundador da Trybe, uma das maiores escolas online para carreiras em tecnologia, explica que a entrada de jovens neste mercado vem crescendo como uma ferramenta de geração de oportunidades e mudança completa de futuro.
A educação é transformação na essência. São poucas coisas que existem na humanidade capazes de mudar tantas vidas como a educação, defende Goyas.
Há 13 anos ele começou sua empreitada lecionando matemática, participou do crescimento de apps educativos e, em 2020, fundou a Trybe. Nesse meio tempo, entrou para a lista “30 Under 30” da Forbes, em 2018.
Goyas circulou pelos corredores do Instituto Caldeira, durante a Semana Caldeira, que marca os dois anos do hub. O primeiro dia de evento contou com diversos painéis e discussões sobre o futuro da educação – e como ela se relaciona com o mercado de tecnologia. O empreendedor participou de dois, sendo um destinado a alunos do Nova Geração.
Esta é a iniciativa do Caldeira, em parceria com bigtechs, empresas da comunidade e poder público, de transformar alunos do ensino público estadual em talentos do mercado tech, e conectá-los às principais empresas desse universo.
“Eu gosto de usar a analogia da educação como um banquinho em que as pessoas sobem para alcançar mais alto”, diz Goyas, pontuando que o propósito de ambos projetos educacionais, Trybe e Nova Geração, é gerar qualidade de vida e aumento de renda para jovens.
Outro grande nome quando falamos sobre papel transformador da educação é Karen Kanaan, co-fundadora da ONG Escola 42 São Paulo. Com apoio de grandes empresas, a organização forma pessoas em programação de forma gratuita, fazendo uso de metodologias gamificadas que, em alguns casos, dispensa inclusive a necessidade de professores.
A proposta é formar programadores para além do estereótipo que se tem desse profissional, por isso temos um olhar atento para a diversidade.
A lista de espera para novos alunos vem crescendo na Escola 42, puxada pelo aumento de interesse dos jovens. A organização está presente em 50 campus espalhados em 29 países, com mais de 18.000 cadetes aprendendo programação e trocando experiências entre si.
“Mas para a gente gerar educação é preciso se educar primeiro. Antes de aprender qualquer nova linguagem, eu preciso revisitar os meus valores e quais são meus objetivos”, acredita a empreendedora
Esses dois grandes nomes da nova compartilharam ideias em um dos painéis na Semana Caldeira, que abordou as metodologias inovadoras na educação tech. Um dos pontos em comum a se destacar na conversa é a necessidade de colaborar – e não competir – quando o assunto é melhorar o processo de aprendizagem.
“É um trabalho que funciona como um tripé, com educação, prática e carreira”, diz Goyas.
Para Karen Kanaan: “A maior oportunidade da educação no Brasil é nos juntarmos enquanto ecossistemas, que é o temos feito. O desafio é que a gente é imediatista, esquecemos que longo prazo é feito de pequenos prazos. O desafio é trazer o futuro para o presente”.
Este painel e todos os conteúdos da agenda Caldeira estão disponíveis no APP para ver e rever. Se você é membro da comunidade Caldeira, baixe o app do Instituto Caldeira na Apple Store ou Play Store.