
Latimpacto e Instituto Caldeira firmam convênio para fomentar rede de provedores de capital de impacto
A Latimpacto e o Instituto Caldeira firmaram nesta terça-feira (8) um convênio de cooperação para fortalecer a rede de provedores de capital de impacto social e ambiental na América Latina e no Caribe. A proposta é transformar o Caldeira em um espaço onde atores sociais da rede possam se reunir para propor novos negócios. Em contrapartida, representantes do ecossistema Caldeira poderão levar temas de interesse para a 4ª Conferência da Latimpacto, que acontece em Medellín, na Colômbia.
Para Julia Iurlina, gerente regional da Latimpacto para o Cone Sul, é fundamental que a organização tenha base no Brasil e na Argentina. “Estarmos unidos é essencial. Acredito que essa é uma excelente forma de reunir, em uma mesma mesa, os acionistas que trabalham pelo impacto e que aportam recursos financeiros, humanos e conhecimento”, pondera.
Segundo ela, a conexão entre os diferentes atores é importante para comunicar dores comuns e construir uma agenda compartilhada, não apenas no Cone Sul, mas também em outras regiões, como Europa, Ásia e África.
A ideia da Latimpacto é unir organizações que atuam com impacto para criar novas iniciativas que podem, inclusive, ter empresas parceiras de naturezas diferentes. Na visão de Julia, o Brasil está em um estágio mais avançado nesse campo.
Todos aqui se reconhecem como agentes de impacto. A Argentina está avançando, mas a instabilidade econômica nos coloca um passo atrás. O Brasil tem sido uma grande referência para nós.
O diretor da Latimpacto no Brasil, Pedro Telles, afirma que a união representa uma oportunidade para ampliar o diálogo e pensar soluções coletivas. “A assinatura do convênio é um passo importante para estreitar ainda mais os laços entre as organizações. As conversas têm sido muito positivas, e queremos que as conversas que começam aqui sejam aprofundadas daqui para frente.”
Na avaliação dele, o desafio é pensar como região, com um olhar local que dialogue com o global. “Porto Alegre tem se mostrado estratégica neste processo, aproximando o Brasil de outros países do Cone Sul. Acreditamos que essa pode ser a primeira de muitas reuniões nesse formato.” Sobre o Instituto Caldeira, acrescenta: “Temos encontrado no Caldeira a nossa grande casa em Porto Alegre. É um espaço que nos acolhe e conecta iniciativas e pessoas que fazem as coisas da mesma forma que nós também acreditamos”, disse.
Atualmente, a Latimpacto reúne mais de 220 membros, incluindo family offices, corporações, fundações doadoras, organizações multilaterais, instituições acadêmicas e aceleradoras. A rede investe em mais de 16 países da América Latina e está presente em mais de 30 países ao redor do mundo.