
Inscrições abertas para o Ebulição; programa do Caldeira foi divisor de água para startups, como a Hortti
As inscrições para a primeira turma de 2025 do Ebulição, programa de aceleração do Instituto Caldeira estão abertas até o dia 28 de fevereiro. Startups interessadas podem se inscrever clicando aqui. Entre os cases de sucesso que já passaram pelo programa, está a Hortti, startup gaúcha que revolucionou o mercado de hortifrúti no Rio Grande do Sul.
Com um modelo inovador que conecta produtores, atacadistas e clientes finais, a Hortti se destaca pela entrega de produtos frescos, compromisso com a qualidade e economia de tempo e dinheiro para seus clientes.
A história da Hortti começou com a vivência de mais de 15 anos de seu CEO, Guilherme Gehlen, no setor de hortifrúti, especialmente no ambiente do CEASA. Durante esse período, ele identificou problemas recorrentes, como desperdício de produtos, oscilações de preços, falta de transparência e ineficiências operacionais. “A ideia da Hortti surgiu da necessidade de modernizar o setor. Percebi que era possível conectar diretamente produtores, atacadistas e clientes finais por meio de tecnologia, criando uma cadeia de suprimentos mais eficiente, transparente e sustentável”, explica Guilherme.
A trajetória da startup foi marcada por conquistas significativas. Um dos momentos mais importantes foi quando a Hortti dobrou sua base de clientes e aumentou a receita em 160%. Outro marco foi o desenvolvimento de uma plataforma digital inspirada no modelo do iFood, que transformou a forma como produtores e clientes se conectam. “A entrada no programa de aceleração do Instituto Caldeira também foi fundamental. Tivemos acesso a mentores com experiências diversas, que nos ajudaram a estruturar melhor o modelo de negócios, especialmente em áreas como captação de investimento e marketing”, destaca o CEO.

Outro diferencial que surgiu através da Hortti, foi a sustentabilidade. A startup resolveu criar um braço dedicado ao reaproveitamento de mercadorias fora do padrão estético. Isso atraiu não apenas clientes, mas também parceiros interessados em práticas ESG (ambientais, sociais e de governança).
A tecnologia é um dos pilares da Hortti. A startup utiliza Inteligência Artificial (IA) em diversas etapas do processo, desde o recebimento até a entrega dos produtos. A tecnologia de análise por NIR (Near Infrared) garante a qualidade dos produtos, identificando parâmetros internos como frescor e maturidade. Além disso, algoritmos de previsão de demanda ajudam a planejar o abastecimento, reduzindo desperdícios e melhorando a eficiência logística. “O maior desafio foi integrar essas soluções de forma intuitiva para os usuários da plataforma, que estão acostumados a processos manuais”, comenta Guilherme.
A participação no Ebulição também trouxe mudanças significativas para a Hortti. Após a entrada no Instituto Caldeira, a startup expandiu sua base de fornecedores e clientes, além de aprimorar a tecnologia da plataforma. “Passamos a investir mais em automação logística e no desenvolvimento do aplicativo mobile, o que melhorou a experiência de compra e fidelizou mais clientes”, afirma o CEO.
O programa Ebulição foi um divisor de águas para a Hortti. Tivemos acesso a mentores com experiências diversas, que nos ajudaram a estruturar melhor o modelo de negócios, especialmente em áreas como captação de investimento e marketing.
O próximo passo da Hortti é a expansão nacional, levando a plataforma a outros CEASAs no Brasil. A startup também planeja integrar o Drex, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, para transações mais rápidas e seguras. “Queremos nos consolidar como a maior plataforma digital de hortifrúti do país, conectando milhares de fornecedores e clientes de forma sustentável e eficiente”, conclui Guilherme.
As startups que desejam participar do programa Ebulição precisam estar em fase de tração, contar com um produto validado e possuir, no mínimo, 12 meses de atuação no mercado. Além disso, é necessário que o negócio tenha dobrado o faturamento ou o tamanho da equipe nos últimos doze meses;
Durante o programa, as startups terão acesso a mais de 45 horas de capacitação com profissionais renomados do ecossistema, além de benefícios como duas posições de trabalho no Instituto Caldeira e acesso a uma rede de startups, corporates, investidores e parceiros.