
Fiergs e Caldeira firmam parceria que promove formação de talentos e inovação na indústria gaúcha
A modernização da indústria do Rio Grande do Sul passa, cada vez mais, por estratégias que envolvem educação, inovação e conexão com o ecossistema empreendedor. Nesse contexto, o programa Indústria do Amanhã surge como uma iniciativa estratégica para impulsionar a competitividade do setor industrial por meio da formação de talentos e da aproximação entre empresas e startups. Desenvolvido em parceria entre o Sistema Fiergs e o Instituto Caldeira, o programa visa preparar jovens, educadores e gestores para os desafios e oportunidades da nova economia.
Voltado para a qualificação de mais de mil jovens e 500 gestores, o programa tem alcance estadual, com presença em 50 municípios e a meta de impactar diretamente cerca de 5 mil jovens e 5 mil empresas. O objetivo é criar uma ponte entre as demandas do setor produtivo e a formação de novos profissionais, por meio de atividades práticas, mentorias, conexões com startups e estímulo à inovação aberta dentro das indústrias.
A iniciativa também busca fortalecer as empresas de menor porte, levando tecnologia e conhecimento a regiões que nem sempre estão no centro dos debates sobre inovação. Com foco na interiorização, o programa se propõe a promover oportunidades de desenvolvimento nas dez regiões do Estado, contribuindo para reduzir desigualdades e fomentar um ambiente mais fértil à inovação, independentemente da localização das empresas.
Um dos diferenciais do programa está na sua capacidade de conectar diferentes atores do ecossistema – indústria, startups, educadores, estudantes, universidades e organizações de fomento – em torno de objetivos comuns. A adoção de tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial, é vista como fator essencial para garantir a sustentabilidade e a competitividade das empresas gaúchas. Nesse sentido, há um esforço claro para preparar o setor industrial para essa nova realidade tecnológica, que já se mostra irreversível.
Para o Sistema Fiergs, a iniciativa é uma resposta concreta aos desafios enfrentados pela indústria, especialmente em um contexto de reconstrução econômica. Segundo Claudio Bier, presidente da entidade, o programa representa uma oportunidade de gerar resultados duradouros.
Outro ponto central da proposta é o combate à evasão de talentos do Estado. O Rio Grande do Sul vem enfrentando, nas últimas décadas, um saldo migratório negativo, com perda significativa de jovens qualificados para outros estados e países. Iniciativas como o Indústria do Amanhã atuam diretamente nesse problema ao gerar oportunidades concretas de formação e atuação profissional, criando um ambiente mais atrativo para a permanência e o desenvolvimento de carreiras ligadas à inovação.
A integração entre o setor produtivo e os novos empreendedores também é parte fundamental do programa. Com a meta de envolver 50 indústrias em práticas de inovação aberta e conectar 150 startups a desafios reais do setor, a iniciativa fomenta um ambiente colaborativo, onde empresas consolidadas e novos negócios se complementam na busca por soluções inovadoras.
Além do impacto imediato na formação de talentos e na modernização de processos, o programa também fortalece a articulação institucional e reafirma a importância da cooperação entre sociedade civil, iniciativa privada e poder público. A colaboração com o Instituto Caldeira reforça o compromisso com uma visão de longo prazo para o desenvolvimento do ecossistema industrial gaúcho.
Mais do que um projeto pontual, o Indústria do Amanhã sinaliza uma mudança de mentalidade, na qual a indústria se reposiciona como agente ativo de transformação social e econômica. Ao apostar na qualificação de pessoas e na inserção de novas tecnologias, o programa abre caminhos para um futuro mais dinâmico, inclusivo e sustentável no setor industrial do Rio Grande do Sul.
Crédito Foto: Dudu Leal/Fiergs