Elysios quer tornar tecnologia mais acessível para a horticultura e a agricultura familiar
Na busca por um agronegócio mais tech, com mais eficiência e menos impacto ambiental, a Elysios Agricultura Inteligente quer levar inovação para as lavouras através do digital. A meta é tornar a tecnologia mais acessível para a horticultura e a agricultura familiar. A principal aposta para isso é no Demetra – Caderno de Campo Digital, app de gestão que funciona até mesmo sem conexão à internet. O resultado? Mais de 1,3 mil usuários ativos e a melhor avaliação, neste segmento, na Play Store, do Google, e uma ótima colocação na App Store, da Apple.
Em menos de quatro anos, já são mais de 4,5 milhões de toneladas de produtos rastreados e milhares de hectares digitalizados, que já estão disponíveis na palma da mão dos produtores, em qualquer dispositivo digital.
Queremos reinventar a forma como a horticultura e a agricultura familiar lidam com a tecnologia, oferecendo um sistema viável para todos. Somos parceiros tecnológicos das produções rurais, integrando informações com agroindústrias, com rastreabilidade do cultivo ao consumo. E com mais produtividade e rentabilização”, salienta o CEO e cofundador da Elysios, Frederico Apollo Brito.
A empresa abraçou a missão de ser uma das grandes digitalizadoras do agronegócio. Quer gerar mais renda, integração e rastreabilidade nas plantações, tendo foco em produções familiares e de hortifruti. Mas, não para por aí. O seu sistema também se expande às cooperativas, agroindústrias, técnicos e diversos outros agentes da cadeia agro.
Para atender esse mercado, além do Demetra, a startup conta com diversas soluções de inteligência agrícola, como automação do cultivo, emissão de etiquetas de origem do alimento no app, e os mais variados tipos de controle: do solo ao uso de pesticidas, do clima à produtividade.
Os serviços digitais da Elysios têm colocado a empresa uma posição de destaque no cenário nacional. Em 2020, a agtech foi uma das vendedoras do programa de aceleração do BRDE; este ano, está presente no levantamento realizado pelo Instituto Caldeira e o Sebrae RS, que traz as startups gaúchas para observarmos em 2021, por vertical de negócio. Incubada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), participou ainda do BNDES Garagem, maior programa de aceleração do Brasil.
Fundada em 2015, a partir da ideia de um grupo de amigos que decidiu usar sua expertise em tecnologia para plantar tomates e vendê-los aos restaurantes chiques da Serra Gaúcha, Elysios é hoje uma das agritechs mais expoentes do mercado de tecnologia. “Vimos como fazia falta um sistema de gestão e controle rural eficiente. Saber quando o fungicida foi aplicado, a melhor data para colher ou até mesmo delegar tarefas a partir dessas informações. Então, junto com amigos, fomos desenvolver essas soluções”, lembra Brito.
Com uma equipe jovem, que representa a nova geração de jovens no campo, mais antenados à tecnologia e ao uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), o empreendedor diz que o tem sonhos grandes. “Temos que crescer ainda mais para levarmos nossas soluções para cada vez mais propriedades em todo o Brasil. Claro que há riscos, pois as negociações estão sendo desafiadoras durante a crise, mas o resultado final tem tudo para ser muito válido para a Elysios”, observa.
Desafios do negócio durante a Covid-19
A chegada da pandemia demandou diversas adaptações no modelo de trabalho da Elysios. O contato com os clientes, que dependia muito do modelo presencial em razão do assessoramento necessário aos produtores, teve que ser reduzido.
É desafiador. O nosso público, por tendência, ainda é resistente com a adoção de novas tecnologias e gerar engajamento à distância tem sido um desafio, mas que temos superado”, diz Brito.
Raio-X
Nome da startup: Elysios Agricultura Inteligente
Estágio: Tração
Segmento: Agtech
Número de colaboradores: 19
Investimento já recebido: R$ 250 mil
Principal produto: Caderno de Campo Digital