
“A Inteligência Artificial não vai te substituir”, afirma Márcio Aguiar, da NVIDIA
Banrisul apresenta:
“Saiba trabalhar com Inteligência Artificial (IA). Não tem nada que vai te substituir. A IA é uma nova colega que vai estar trabalhando 24 horas do dia, te ajudando, desde que você também dê a ela informações relevantes sobre seu negócio para que ela possa aprender e melhorar também.”
Essa temática marcou a palestra de Márcio Aguiar, um dos principais nomes da tecnologia na América Latina e diretor da NVIDIA, empresa líder mundial em IA e computação acelerada na Semana Caldeira 2025. Durante o painel, Aguiar apresentou uma visão histórica e técnica da empresa, detalhando a evolução da computação, desde os computadores pessoais até a era da inteligência artificial (IA) acelerada por GPU.
A marca é reconhecida por entregar infraestrutura para a IA para outras empresas. “A NVIDIA se posiciona como a empresa que fornece a infraestrutura completa para a Inteligência Artificial, capacitando as grandes fábricas de IA com a arquitetura computacional essencial, sistemas operacionais e softwares de mercado otimizado”, destacou.

Outro ponto de destaque da apresentação foi a plataforma Omniverse, um software de simulação essencial que compõe os três computadores necessários para o desenvolvimento da IA Física e da robótica. Sistema operacional baseado em física, o projeto tem como foco a criação de gêmeos digitais – representações virtuais de produtos, processos e instalações que as empresas usam para projetar, simular e operar suas contrapartes físicas – de entidades complexas, desde fábricas, navios e até automóveis.
Aguiar apresentou ainda a Earth-2, tecnologia dentro da plataforma Omniverse, cujo objetivo é criar uma simulação do planeta Terra. Entre as finalidades, auxilia a indústria e pode analisar regiões que sofrem com acidentes geográficos, como o Rio Grande do Sul.
Imagina você criar um gêmeo digital do estado do Rio Grande do Sul, trazer todos os dados climáticos da região e começar a simular uma situação como vocês passaram e vê como a gente pode melhorar o nível de evacuação, de atendimento.
O diretor da NVIDIA interagiu com o público, especialmente os jovens, dizendo que são pessoas “sem muita preocupação” em um ambiente não regulado, que produzem boas ideias. E concluiu afirmando que o importante não é quem está mais avançado ou atrasado, mas sim a agilidade na qual as startups e os grupos pequenos conseguem colocar em prática a sua ideia.
“Quando vejo uma grande corporação abrindo uma área de inovação dentro de suas instalações, confesso a vocês que eu falo: ‘Pronto, acabou de matar a área de inovação”. Deixa os jovens nas universidades, deixa eles nos centros de inovação, que dali é que vão sair as ideias. ‘Não matem a inovação. Não regulem tanto. A gente está começando, não sabe nem o que vai se regular”, ponderou.
Sobre a NVIDIA
A trajetória da NVIDIA começou em 1993, quando a empresa introduziu o conceito da GPU (Unidade de Processamento Gráfico) para o mundo. Na época, tratava-se de uma proposta visionária de suportar técnicas que exigiam grande poder computacional e gráfico, algo que o computador comum não conseguia performar.
Após lançar a primeira GPU programável em 2001, outro marco técnico para a computação acelerada veio em 2006 com a linguagem proprietária CUDA. Originalmente usada para gráficos, a CUDA foi adotada por alunos da universidade de Berkeley para atender demandas de matemática, física e biologia, inaugurando a era da computação de alto desempenho.
Já a virada para a IA ocorreu em 2012, com a criação das GPUs GeForce, que, segundo o executivo, demonstravam uma acurácia superior na classificação de imagens em comparação com o treinamento de redes neurais via CPUs. Esse sucesso levou à entrega do primeiro supercomputador DGX-1 à Open AI em 2016. Hoje, a empresa entrega toda a infraestrutura para a IA.