Urbe.me, crowdfunding imobiliário, quer captar R$ 50 milhões em 2021
A Urbe.me, primeiro crowdfunding imobiliário criado do Brasil, inicia 2021 com boas expectativas e com o objetivo de captar R$ 50 milhões ao longo do ano. Outra novidade é que a fintech acaba de lançar uma nova versão de sua plataforma, que foi totalmente reformulada com foco na experiência do usuário. Metas e projetos 100% alinhados à visão da startup de ser a melhor opção de investimento dentre as disponíveis no setor imobiliário.
Atualmente, são mais de 5 mil investidores ativos, cerca de 86 projetos viabilizados e R$ 66 milhões investidos. “Temos um histórico de rentabilidade entregue. São 27 projetos em fase de pagamento, sendo 17 deles finalizados, e uma rentabilidade média bastante atrativa, de 14% ao ano”, detalha o COO da Urbe.me, Eduarda Fabris.
A fintech chegou ao mercado em 2015, como uma iniciativa do escritório de arquitetura Ospa, um dos sócios da operação. Hoje, a Urbe.me é a maior plataforma de crowdfunding imobiliário da América Latina.
A plataforma nasceu com o objetivo de simplificar, desburocratizar e democratizar o investimento em imóveis. Todo o processo é on-line e a partir de R$ 1 mil já é possível investir.
Tudo começa com a análise rigorosa dos projetos de empreendimentos imobiliários das incorporadoras parceiras, até que eles passem a ser disponibilizados na plataforma da fintech. As escolhas são fundamentadas em três pilares: saúde financeira e experiência da incorporadora, viabilidade econômica do empreendimento e impacto urbano positivo.
Na plataforma, o investidor analisa os projetos disponíveis e escolhe em qual deseja aportar seus recursos. As aplicações são feitas via transferência bancária. Os usuários podem acompanhar o andamento da obra por meio de imagens e informações disponibilizadas pela incorporadora, além do fluxo financeiro por meio do Painel do Investidor. Até o prazo de vencimento, o investidor recebe as parcelas acordadas em seu título de investimento. Via Urbe.me é possível investir em crédito para o setor imobiliário de forma direta.
O nosso grande diferencial é a especialidade que temos nesse mercado, o que nos permite apresentar o melhor produto para pequenos e grandes investidores. Avaliamos o balanço das incorporadoras todos os dias e conseguimos oferecer investimentos de menor risco e com um bom retorno”, defende Eduarda.
Ano difícil e retomada
O ano passado foi de altos e baixos para a Urbe.me. Inicialmente, a fintech sentiu os efeitos do mercado, que começava a ter que lidar com o cenário da Covid-19. Entre abril e junho, a empresa optou por travar as operações para evitar colocar projetos que pudessem não dar certo, já que era visível o cenário de retração dos investidores.
Porém, com o tempo, as taxas de juros baixas, a demanda reprimida em função das crises econômicas anteriores e as necessidades geradas pela pandemia aqueceram o setor imobiliário, o que refletiu também nos negócios da Urbe.me. “Com o cenário positivo para o mercado imobiliário, voltamos no segundo semestre e empatamos no valor de captações em relação a 2019”, relembra a gestora.
Desde 2019, a fintech tem se aproximado de players tradicionais, tendo contato com as grandes incorporadoras, mas mantendo o foco nos players de médio porte e em estágio de entrada para o mercado de capitais. O foco, então, são as empresas que estão dando os primeiros passos e que precisam contar com investidores externos. “Nossa mágica é focar construtoras de porte médio e as que têm condições de oferecer retorno com mais segurança ao investidor”, destaca o COO.
No entanto, segundo Fabris, há outro mercado que precisa ser mais explorado pelo crowdfunding, que são as corretoras de family office e fundos de investimentos. “O dinheiro que estava alocado para empreendimentos comerciais precisa fluir para algum lugar e esperamos ajudar nesse processo”, analisa.
A Urbe.me é uma das fintechs presentes no levantamento realizado pelo Sebrae RS e Instituto Caldeira, com startups que prometem fazer a diferença em 2021.
Raio X
Nome da startup: Urbe.me
Nome dos sócios: Eduarda Fabris, Igor Santos e Giancarlo Chiappinoto
Estágio: Tração
Segmento: Fintech e Proptech
Número de colaboradores: 13
Investimento já recebido: Nenhum. Modelo de negócio se paga desde o início.
Principal produto: Crowdfunding imobiliário