Triider ataca gargalo da mão de obra em outsourcing com a GX2

Um dos principais gargalos da nova economia é a escassez de mão de obra especializada em tecnologia, e a dificuldade de reter profissionais de TI. Como há mais vagas abertas do que gente no mercado, os talentos com know how têm muitas ofertas de trabalho e, na maioria das vezes, leva quem paga mais ou quem tem o melhor pacote de benefícios. Por longos dois anos, esta foi a pedra no sapato do Triider, startup fundada em Porto Alegre que auxilia pessoas em serviços de manutenção e reformas.

A cada dois ou três meses, o colaborador responsável por administrar os servidores do Triider saía da empresa, era substituído por outro e uma nova curva de aprendizado se iniciava. Poucos meses depois, voltava-se à estaca zero.

Esse é um tipo de profissional que está muito caro e escasso no mercado, então é difícil reter. Além disso, não é nosso core business cuidar de infra. Não falamos a língua desses profissionais, confirma Paulo Gil, CTO e cofundador do Triider, startup membro da Instituto Caldeira.

Paulo Gil, CTO do Triider. Créditos: Triider.

Após algumas contratações frustradas, Gil buscou no ecossistema de inovação a solução para sua dor, e encontrou, curiosamente, a poucos metros de distância. A conexão com a empresa de tecnologia GX2, que é praticamente vizinha do Triider no Caldeira, deu início a uma parceria que vem gerando ótimos resultados para as duas companhias há um ano.

Esse novo episódio do Especial SaaS – Serendipity as a Service será para contar mais sobre essa conexão, que nasceu nos corredores do Instituto Caldeira.

A solução encontrada pelo Triider foi terceirizar a equipe de infra através da GX2, adotando o modelo staff on demand (equipe sob demanda), onde a empresa de tecnologia disponibiliza os profissionais para o Triider, e os assessora tanto no formato presencial quanto remotamente. 

Somos parceiros para atacar esse problema de mercado, que é a escassez de mão de obra especializada, através do outsourcing (terceirização). Nosso diferencial é estar em contato constante com os profissionais alocados, o que faz nos faz ter uma retenção muito maior que a média do mercado, comenta Luiz Garcia, CEO e fundador da GX2. 

A empresa já forneceu o modelo de outsourcing na área tech para outros players do hub Caldeira, como a startup Bemp e a Unimed Porto Alegre.

Segundo Gil, a conexão com a GX2 permite que o Triider aumente ou reduza a vazão de trabalho, adotando a mesma característica de organizações exponenciais, como Uber e Airbnb. 

“Meu core business tem que estar dentro de casa e o que não é, eu tercerizo. Assim, tenho mais escala. É uma economia partilhada”, diz Gil, que também é mentor de quatro startups no Programa Ebulição e ajudou a montar o currículo do curso de Ciências da Computação da Atitus, sediada no Campus Caldeira

Atualmente, dois colaboradores da GX2 atuam nas demandas de infra do Triider e a dança das cadeiras nessa área estratégica acabou desde o início da parceria. “O outsourcing, neste caso, me dá velocidade para conseguir ser mais inovador. Eu já estou a mais de um ano utilizando esse modelo e até o momento tem sido positivo”, celebra o executivo do Triider.

Encontros e desencontros

No longínquo ano de 2006, muito antes de Triider e GX2 existirem, Paulo Gil e Luiz Garcia trabalharam juntos em um projeto para o Sicredi. Na época, Paulo coordenava a equipe e já via em Luiz um espírito inquieto. “Ele sempre buscava a liderança e dava as caras da sua capacidade”, conta. O projeto chegou ao fim e durante anos os dois ficaram sem se encontrar. 

O reencontro aconteceu nos corredores do Caldeira, com dois já responsáveis por empresas importantes dentro do ecossistema de inovação de Porto Alegre, reconhecidas Brasil afora. “Fiquei bem orgulhoso de ver o crescimento dele, sendo que eu também já tinha o Triider. Nós dois temos grandes conquistas em comum”, lembra Gil.

Depois de um longo café no pátio do Caldeira, os dois estreitaram a relação e, após saber das dores do Triider, Luiz apresentou o que viria a ser a solução. 

“A dinâmica do Caldeira em si é um diferencial, e quando a gente está dentro de um ecossistema, as empresas se sentem muito mais seguras em fazer negócios entre si. Foi assim que nasceu a conexão com o Triider”, conta o CEO da GX2. 

O diferencial da GX2

Luiz Gargia, CEO da GX2. Créditos: GX2

Segundo Luiz Garcia, CEO da GX2, o baixo turnover do time de tecnologia se dá em razão de uma metodologia de acompanhamento constante dos profissionais de Tecnologia da Informação (TI).

Quando esses colaboradores são alocados para os clientes, nunca ficam em voo cego. Pelo contrário, a GX2 tem um time de gestão do outsourcing, que ficam dedicados a acompanhar remotamente todos os profissionais.

“Esse acompanhamento traz dois grandes benefícios: o primeiro é a visibilidade para o cliente em termos de performance e nível de engajamento. Já o segundo é dar segurança que o profissional alocado está sendo bem atendido. Se ele tem um problema, a gente busca sanar rapidamente, o que faz com ele não olhe para o mercado e permaneça conosco”, diz Garcia.

Serendipity as a Service

A palavra inglesa ‘serendipity’ significa ‘ao acaso’ em português. Inspirado no termo Software as a Service, o especial Serendipity as a Service quer ressignificar esse conceito para definir as conexões e encontros que surgem ao acaso no Instituto Caldeira, e se transformam em oportunidades para criação de novos produtos, serviços e soluções inovadoras, que atendem o mercado e a sociedade, de forma geral.

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