Economia dos criadores: como a atenção se tornou a principal moeda do marketing?

Atenção se tornou a principal moeda do marketing, mas como as marcas podem despertar o interesse dos consumidores? Ricardo Dias, líder da Adventures, Inc., explica que o caminho começa por construir uma comunidade forte e criar conteúdos que entretenham, ao invés de interromper. Mas vai além disso…

Vivemos na era do conteúdo: nunca se consumiu tanto e em tantos canais diferentes. Podemos maratonar uma série na Netflix, acompanhar o noticiário pelo Youtube e ver os bastidores da novela das 9h seguindo o elenco no Instagram. A opção é cada vez mais farta e, no meio de toda essa mudança, a propaganda também precisa se adaptar à nova realidade.

Acontece que pessoas se conectam melhor com pessoas do que com empresas e, com o boom das redes sociais um fenômeno da comunicação está cada vez mais em voga: a Economia dos Criadores (ou melhor, dos influenciadores). Esse é o mercado o qual o empreendedor Ricardo Dias tem se debruçado, após uma carreira de 18 anos na maior cervejaria do mundo, a Ambev. 

Há três anos, lançou a startup Adventures, focada em conectar grandes marcas à criadores de conteúdo. Durante a Semana Caldeira, realizada em Porto Alegre, Dias foi destaque em um painel que abordou como as marcas podem despertar o interesse das pessoas e criar laços fortes.

A Economia dos Criadores é a principal mudança da publicidade nos últimos 50 anos. Pessoas engajam pessoas e estão se tornando marcas dentro das redes sociais, responsáveis por prender a atenção de suas comunidades. A partir do momento que você tem uma comunidade sólida, consegue gerar conversão.

Um dos maiores exemplos nesse sentido é MrBeast, o maior youtuber do mundo, com mais de 185 milhões de seguidores. O youtuber abriu seu canal há 13 anos e desde então vem estreitando os laços com sua comunidade, até o momento em que começou a converter esse engajamento em vendas: seja com chocolate MrBeast Bar ou pelas centenas de marcas que buscam surfar no hype do influenciador.

Você conhece casos de influenciadores que consolidaram sua comunidade e depois lançaram produtos para vender a quem lhe dá atenção? São sim diversos os exemplos recentes. O mantra do empreendedor é: ‘pessoas engajam comunidades’ e, a medir pelo crescimento rápido da Adventures, parece que o mercado está comprando a mesma ideia. 

Será que as marcas tradicionais esperariam cerca de 15 anos para ver o resultado do negócio, como fez MrBeast? O maior elemento que falta nessa equação não é tecnologia, é ter coragem!

Mas sim, há diversos exemplos de marcas que estão inovando na Economia dos Criadores e lógica de entreter ao invés de interromper – Dias deu alguns exemplos na sua visita ao Instituto Caldeira. 

“Um dos casos mais recentes foi o filme da Barbie, que nada mais é que uma publicidade de duas horas da Mattel, fabricante da boneca. Quantas publicidades ‘a la Barbie’ veremos no futuro? Eu acredito que muitas.”

Tudo começa com atenção, então as marcas precisam identificar onde está a atenção do seu consumidor e seguir a atenção. “A execução pode não ser simples, mas o diagnóstico é sim”. 

“A forma de consumo muda muito rápido, mas se os próprios criadores de conteúdo conseguem acompanhar essa mudança, uma empresa com orçamento muito superior também tem esse poder. Talvez não na mesma velocidade, mas perto o suficiente para acompanhar essas mudanças de comportamento”, acrescenta Ricardo Dias.

A apresentação completa da pesquisa e todos os conteúdos da agenda Caldeira estão disponíveis no APP para ver e rever. Se você é membro da comunidade Caldeira, baixe o app do Instituto Caldeira na Apple Store ou Play Store.

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Em 2021, Ricardo Dias havia recém cofundado a Adventures e participou de um Caldeira Insights junto com Pedro Valério, CEO do hub de inovação de Porto Alegre. Assista e tenha diversos aprendizados sobre empreendedorismo e como gerar atenção com esse grande nome da tecnologia: