Precisamos integrar ciência e o empreendedorismo, sugere ministro
Como parte da sua agenda na direção da construção de um diálogo constante com o ecossistema de inovação, o Instituto Caldeira, reuniu recentemente empresários e lideranças para um bate papo sobre os rumos da nova economia no Rio Grande do Sul. Na pauta, temas como a necessidade de construir alternativas que contribuam ainda mais para fomento da inovação no Brasil, como incentivos fiscais, desburocratização para a tecnologia e ações de longo prazo, como a criação de disciplinas de empreendedorismo nas escolas públicas.
Temos que usar esse novo caminho que o Instituto Caldeira está ajudando a criar para alavancar a inovação”, disse o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, que esteve em Porto Alegre no final de novembro.
Para ele, iniciativas como está estão ajudando a pavimentar este caminho de modernização no Rio Grande do Sul, tanto sob o ponto de vista prático como também conceitual. “Estamos falando de uma transformação conceitual que a sociedade vai passar com a nova economia e, por isso, quero ser um grande parceiro do Caldeira”, enfatizou.
Onyx também parou para ouvir as demandas dos integrantes do ecossistema de inovação gaúcho, que pediram uma maior simplificação dos tributos e na legislação trabalhista, com a desoneração na folha salarial.
Segundo ele, ainda há muito a ser feito, apesar do que já vem sendo feito no Brasil nessa direção. “Reduzimos 1 mil normas trabalhistas, de um total de 15 mil. Já foram mais 5 mil decretos e normativas revogadas. A gente quer tirar muito entulho para criar os novos caminhos para o empreendedorismo, mas isso leva tempo”, ressaltou.
Além disso, Onyx defendeu uma redução gradual da carga bruta, com baixa de 0,2% por ano nos próximos 10 anos, o que aumentaria de forma considerável o investimento estrangeiro e de longo prazo no Brasil.
Os governos têm que se comprometer a fazer a redução tributária da década”, explicou.
Outro tema abordado pelo ministro do Trabalho e da Previdência foi sobre a busca para remunerar de forma melhor e mais eficiente a produção de ciência dentro das universidades. “Esses espaços devem ser um espaço gerador de novas tecnologias e a integração da ciência e o empreendedorismo brasileiro”.
Para Onyx, a iniciativa “Campus Caldeira” vai ao encontro desse ideal. o programa quer fomentar as conexões entre a ciência produzida nos ambientes acadêmicos e o empresariado. Para isso, o Caldeira destina uma área de 4 mil metros quadrados para iniciativas de educação, em Porto Alegre. A meta: preencher 2 mil vagas já mapeadas por talentos das empresas que fazem parte do ecossistema do Instituto.