Os três ingredientes para uma sociedade inovadora

Criar coisas novas é difícil. Fazer com que as pessoas aceitem e usem novas invenções é mais difícil ainda. Para a maioria das pessoas, na maioria das vezes, a estagnação tecnológica tem sido a norma. O que é preciso para escapar disso e incentivar a criatividade?

Uma sociedade que se destaca por ser o celeiro de grandes inovadores e criativos não surge por acaso. O historiador econômico Joel Mokyr, autor do livro “The Lever of Riches: Technological Criativity and Economic Progress” analisa a história para encontrar os ingredientes por trás das sociedades que foram consideravelmente mais criativas e experimentaram súbitas explosões de progresso, enquanto outras se estagnaram por longo período de tempo.

Em sua obra, o autor apresenta e explica os 3 ingredientes fundamentais para ser uma sociedade tecnologicamente criativa e inovadora.

1 – Infraestrutura Social

Em primeiro lugar, a sociedade precisa de um número considerável de pessoas que estejam dispostas e sejam capazes de desafiar o status quo. Uma ressalva importante é a falta de fatores negativos, uma vez que pessoas em necessidade tendem a ter menos capacidade criativa.

Mokyr ressalta que a atenção para a infraestrutura social deve ser direcionada para a seguinte questão: “por que, em algumas sociedades, esses talentos são direcionados a problemas técnicos que acabam mudando toda a economia produtivo, enquanto em outras, esse tipo de talento é reprimido ou direcionado a outro lugares”.

2 – Incentivos Sociais

O segundo ponto levantado pelo autor refere-se aos incentivos que existem à inovação. São de extrema importância para que a disrupção ganhe força e as pessoas não busquem somente inovações seguras e melhorias incrementais nas coisas que já existem.

Normalmente, pensamos em incentivos financeiros, mas outros como reconhecimento, posições de poder e prêmios também são excelentes opções.

3 – A postura social

A sociedade deve ser aberta e tolerante. As ideias falam mais alto que os indivíduos. É importante que existe uma promoção das ideias que surjam dentro da sociedade, mas também que essa se sinta à vontade para roubar o que já existe em outros lugares para se inspirar e criar coisas novas. O conhecimento vindo de outros países deve ser bem visto, pois caso seja interpretado como suspeito ou perigoso, essa sociedade está em desvantagem.

A criatividade não ocorre no vácuo. Como líderes sociais e de organizações, devemos construir os ambientes certos que incentivem, promovam e valorizem as ideias e os criativos por trás delas. Como indivíduos, devemos absorver mais e melhor. Estar em contato com o que nos inspira e com o que nos deixa desconfortável e ter a clareza do que nos motiva a desafiar o status quo e encarar os conflitos necessários para que a inovação aconteça.

A invenção não é o estado natural das coisas – é uma exceção. Estagnação tecnológica é a norma. Na maioria dos lugares, na maioria das vezes, as pessoas não apresentam novas tecnologias. É preciso muito para que os indivíduos estejam dispostos a lutar contra algo novo do nada ou questionar se algo existente pode ser melhorado. Mas quando esses fatores ocorrem e se encontram, eles podem ter um impacto imensurável em nosso mundo.

Leia o texto original e completo por aqui.