Open banking e ESG devem marcar área fiscal em 2022, aposta Dootax

Open banking e ESG devem marcar área fiscal em 2022, aposta Dootax

Open branking, ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) e Customer Experience devem marcar os projetos voltados à área fiscal em 2022, aposta a Dootax. Focada em simplificar as rotinas do departamento fiscal por meio da tecnologia, a empresa agora conta com uma operação no Instituto Caldeira, para atender a região Sul. 

Acreditamos que o open banking se consolidará com a abertura de dados entre as instituições e os negócios estarão cada vez mais voltados ao usuário e a sua experiência a partir da análise de dados”, analisa o diretor de marketing e cofundador da Dootax, Thiago Souza. 

Esses são alguns insights do Tax Trends, evento idealizado pela empresa em parceria com a Arquivei. O levantamento, que iniciou em 2021, é feito a partir de entrevistas com profissionais das áreas fiscal, contábil e tributária e tem o objetivo de traçar um panorama sobre carreira, processos, tecnologia e tendências do mercado. 

Sobre o conceito ESG, por sua vez, o empreendedor acredita que o tema deve ganhar ainda mais espaço entre as empresas e lembra que já existem, inclusive, fundos de investimento com parâmetros sustentáveis que norteiam boas práticas corporativas. No ano passado, o Tax Trends chamou atenção para o uso de tecnologias de automação nos processos internos, o avanço do Pix e a necessidade de uma reforma tributária para o País. 

Ainda sobre os cenários futuros na área tributária e fiscal, Souza acredita que a aceleração tecnológica e digital, observada após o início da pandemia, deve se manter nos próximos anos. 

A presença da inovação é um caminho sem volta. Provavelmente, surgirão novas tecnologias para evitar que o ser humano siga fazendo coisas manuais e repetitivas”, afirma. A projeção, segundo ele, vai ao encontro do lema que resume o propósito da startup, que é ‘menos braço, mais cérebro’. 

Consolidação e reconhecimento são duas palavras que ajudam a sintetizar os últimos meses para a Dootax, e que dão o tom para os planos da startup para 2022. A startup paulista teve as suas soluções atestadas por diferentes prêmios, como o primeiro lugar nas categorias Sistema de Solução Fiscal, Consultoria de Implantação e Conteúdo Tributário pelo Prêmio Confeb, um dos mais importantes da área. 

Em 2022, o foco é reforçar o portfólio. “Fizemos uma pesquisa de mercado e vimos que havia aderência para novas soluções, que são agregadoras. Sempre com o foco de automatizar a rotina fiscal”, adianta Souza. 

Atualmente, a empresa oferece ao mercado quatro produtos: um software para automação da emissão e pagamento de tributos conhecido como Pagamento de Tributos; a automação de certidões negativas por meio da Gestão de Certidões; a automação de domicílio tributário eletrônico pela Caixa Postal Fiscal e a centralização de todos os documentos fiscais através do Repositório DFe.  

Soluções essas que têm impactado um público cada vez maior. Em 2021, a empresa passou a atingir um nicho que até então possuía pouca penetração: as pequenas e médias empresas. Esse movimento fez com que a Dootax tivesse um salto no número de clientes. No final do ano passado, sua carteira já contava com cerca de 400 grupos econômicos, ao abrir são mais de 20 mil CNPJs que utilizam a ferramenta.

O crescimento, porém, foi menor em relação aos últimos dois anos. Tanto em 2020 quanto em 2019 a startup havia registrado um crescimento do faturamento de 100% em relação ao ano imediatamente anterior. “Embora a nossa expectativa era poder dobrar o faturamento novamente, foi um ano bom, conseguimos um crescimento de 80% e tivemos um salto de mais de 100% no número de clientes na comparação com 2020”, diz o empreendedor. 

Startup lança livro para aproximar público infantil

Outra novidade lançada recentemente pela Dootax foi o livro infantil Clarisse no país da burocracia. De modo lúdico, a iniciativa visa aproximar a área fiscal do universo dos pequenos. “Brincamos que não existe criança no mundo que sonha em trabalhar no departamento fiscal. Quando é perguntada o que quer ser quando crescer, responde jogador de futebol, bombeiro, médico etc. Ninguém fala contador”, compara Souza.

De modo lúdico, o livro aborda a história de uma mãe atarefada e exausta que não consegue brincar com a sua filha. Até que um dia encontra uma solução de como resolver os seus problemas ao se livrar da burocracia e do tempo desperdiçado. Com diferentes atividades, a obra contribui para que o público infantil entenda a importância do trabalho realizado pela área fiscal e mostra que ela também pode ser divertida, podendo, até mesmo, inspirar futuros profissionais do setor.