Inteligência Artificial e obsessão por agradar clientes na pauta do debate entre AWS e Gerdau
A Semana Caldeira segue sendo um espaço vibrante de reflexão e discussão sobre como os empreendedores e empresas podem navegar em tempos de constantes mudanças. Com essa temática em mente, Daniel da Rocha Rodrigues, arquiteto de dados e analytics da Gerdau, e Rodrigo Madeira, representante da AWS e embaixador da cultura da inovação da Amazon, participaram na tarde desta quarta-feira (25) do painel Caldeira Talks – Revolução digital: Como a IA está moldando o Futuro da Indústria, que debateu a importância e as diferentes maneiras de utilizar o IA em diferentes empresas.
O foco? A cultura da inovação na Amazon e como eles conseguiram auxiliar a Gerdau na implementação de IA em sua operação. “Queremos inspirar quem está na plateia, pois é uma oportunidade que qualquer empresa pode explorar junto com a gente”, exalta Rodrigo.
Os líderes contaram um pouco da parceria entre Gerdau e AWS, que iniciou em 2018 com a implementação da Inteligência Artificial na siderúrgica com a missão de ajudar a acelerar a tomada de decisões. “Criamos os primeiros modelos de Inteligência Artificial e, em 2019, fizemos uma fundação para melhorar a qualidade destes dados. Depois disso, fomos criando diversos tipos de modelos, para atender diversas áreas e pilares de negócio dentro da Gerdau”, conta Madeira.
Para esse projeto, a Gerdau criou uma célula que cuida das questões problemáticas de negócio e analisa, rapidamente, se é possível resolver através da IA. Um projeto importante é a Data4all, programa da Gerdau focado na formação em dados totalmente gratuito e voltado para pessoas autodeclaradas pardas e pretas. A ideia é ministrar dois cursos focados em IA Generativa e prompts para o chat GPT.
“A Gerdau entende que essa mudança de cultura é responsabilidade de todos. É uma plataforma totalmente gratuita e qualquer um pode se beneficiar. É para a comunidade se desenvolver”, explica Rodrigues.
Mas, e como lidar com as eventuais falhas da IA Generativa? “Esse é um problema da IA. Ela vai aprender com tudo, sejam notícias verdadeiras ou fake news que estão na internet. Nesse caso aqui, a base da aprendizagem são conhecimentos e normas técnicas internas, são matérias que a própria empresa desenvolveu, então isso minimiza os problemas”, explicou Madeira, após um questionamento da plateia.
Obsessão por agradar o cliente
O gestor da AWS aproveitou o encontro para falar um pouco da cultura da inovação dentro da Amazon e como ela impacta o modelo de negócio de uma das maiores empresas do planeta.
“Na Amazon, enxergamos a inovação em três grandes pilares. O primeiro deles são os modelos mentais, que são um conjunto de crenças que servem como lentes, que é como eu vou enxergar o mundo ao meu redor e como eu vou agir a partir deles. O segundo pilar são os comportamentos e o terceiro são os artefatos. Então tem o modelo mental, que a partir dele eu opero de certa forma e a partir disto eu acabo gerando artefatos. Se eu fosse resumir a cultura de inovação da Amazon seria através destes três pilares”, diz.
Essa visão, aliada à obsessão por agradar o cliente, fez com que a Amazon criasse um mecanismo chamado “working backwards”. Segundo ele, foi assim que a empresa criou seus produtos de maior sucesso, como o Kindle e a Alexa. “Através das demandas dos clientes, trabalhamos de trás para frente e encontramos soluções”.
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