HypeFlame, criada pelo Agibank, se prepara para acelerar mercado de tecnologia

Faturamento anual de R$ 200 milhões, cerca de 400 profissionais no seu time e a meta se tornar uma referência na oferta de tecnologia de ponta no Brasil e uma marca empregadora de tech. É com esse tamanho e ambição que chega ao mercado a HypeFlame, a nova empresa do Agibank.

O negócio, que terá gestão totalmente independente, tem como CEO Fernando Castro, que passa a liderar a HypeFlame após mais de três anos como diretor de Tecnologia do Agibank. O foco inicial é tornar ainda mais relevante o papel da tecnologia no banco, além de prover a estrutura necessária para atender outras frentes de atuação que integram a estratégia da instituição para os próximos anos.

No Agibank, atuação da nova empresa será ampla, respondendo por toda a infraestrutura e arquitetura tecnológica, engenharia de dados, agenda de transformação do core bancário, evolução das soluções de canais, conta corrente, meios de pagamentos, operações de crédito, investimentos e, especialmente, Big Data.

Mas, os planos para um futuro próximo são ainda mais audaciosos. “A HypeFlame chega com total capacidade de atender o conglomerado Agibank nas suas necessidades atuais e futuras, e ainda disponibilizar produtos para outras empresas ao longo do tempo”, comenta Marciano Testa, CEO do Agibank e investidor do novo negócio. 

Para o empreendedor, a trajetória da área de tecnologia do banco até aqui deixou claro que era possível ir além. “Os investimentos relevantes em desenvolvimento de tecnologia escalável e experiências digitais já realizados nos fizeram acreditar que podemos posicionar a HypeFlame como um player relevante no mercado”, projeta. 

A ideia é usar todo aprendizado do que foi construído pelo Agibank nestes anos para criar uma oferta inovadora. “Os dados são o novo petróleo. Criamos uma plataforma de data driven que permite a extração e processamento de dados de forma muito ágil e inteligente. Isso vai gerar muita aceleração e ajudar a criar valor aos negócios das companhias que querem se posicionar melhor neste mundo dos dados”, comenta Castro. 

No segundo momento, o foco é ter uma oferta para apoiar a transformação digital das empresas e criar uma experiência omnichannel. “Com a pandemia, todos os negócios se tornaram digitais. Investimos muito para desenvolver uma plataforma multicanal para o Agibank e agora poderemos oferecer isso para apoiar a transformação de outras corporações”, projeta. 

Já está nos planos para 2021 a oferta de produtos específicos para o mercado. “Estamos fazendo uma prova de conceito com uma companhia e a expectativa é já no primeiro semestre ter a primeira aplicação comercializada fora do grupo Agibank”, conta o CEO da HypeFlame.

Enquanto nos acostumamos a ver em 2020 players fazendo aquisições para complementar o seu portfólio e fortalecer as suas competência internas, o Agibank foi na contramão. “Entendemos que investimos de forma sólida e contínua na criação da operação tecnológica nos últimos anos, que deu suporte ao crescimento em escala e eficiência do banco, e que poderíamos transformar isso em um novo negócio”, analisa o gestor. 

Instituto Caldeira 

A matriz da operação será em Campinas, assim como as demais empresas do Agibank. Mas, os cerca de 400 profissionais da  HypeFlame estarão sediados no Instituto Caldeira – e a empresa já se prepara para contratar mais 200 pessoas, 100 nos próximos três meses e 100 no final do primeiro semestre de 2021. 

“Não teve momento melhor para a gente lançar a HypeFlame, pois em breve poderemos estar presencialmente no Caldeira, um ecossistema muito vibrante e muito importante para o desenvolvimento de inovações no mercado gaúcho, mas sempre com um olhar nacional e global”, destaca Castro.

Um pilar importante da operação é a atração de profissionais de tecnologia. Neste mês, está sendo lançada a primeira de um total de oito trilhas para o desenvolvimento de pessoas em diversas áreas da tecnologia. Aquelas que tiveram uma melhor pontuação no curso serão chamadas para trabalhar no novo negócio do Agibank. 

“Queremos produzir tecnologia, claro, mas também criar uma comunidade capaz de gerar muita transmissão de conteúdo e conhecimento. Essa é a base para termos produtos de tecnologia de alta performance de forma mais sólida”, projeta Castro.