Guillermo Zanon: Tradição x Disrupção

1. Qual o papel das lideranças na construção de uma cultura de inovação permanente? Quais são as características mais importantes em um ambiente de aceleradas transformações?

O papel das lideranças é saber navegar na linha da transição de uma cultura, sabendo a diferença entre destruir (errado) e desconstruir (correto). Saber estimular a construção do novo dentro de cada área, saber fazer as perguntas certas, criar os ambientes corretos e se cercar de pessoas que têm os mesmos ideais.

As características do ambiente onde os profissionais se encontram, um dos fatores que considero mais importante, é de um lugar onde as pessoas saibam apresentar/justificar projetos baseados em números e informações de mercado. É importante ter sempre presente a cultura de que é saudável discutir, ter diferentes pontos de vista na equipe e conduzir os assuntos sempre de forma a achar um consenso no time, porque a empresa precisa ser uma só.

2. Como conciliar uma agenda que equilibra tradição e disrupção? Em um processo de transição de gerações, muito comum em empresas gaúchas, qual o teu papel na provocação de novos projetos, produtos e processos?

Meu papel é saber criar os ambientes próprios para as discussões, valorizar o que tem de bom o modelo antigo e levar ao novo, saber colocar as pessoas certas nos lugares corretos e saber conduzir um ambiente que deve ser mais aberto a discussões, mas sempre conseguir fazer um fechamento em direção a um objetivo claro e comum a todos.

Eu procuro nunca perder de vista os valores da empresa. Um negócio consolidado e muito bem construído normalmente tem seus princípios muito bem estabelecidos. Preservá-los é fundamental para um trabalho de transição e sucessão bem feito. Somado a isso, sabemos que a pauta número um de todo o trabalho de transformação que os negócios estão passando é para conseguir melhorar a experiência dos clientes. Se você não fizer, alguém vai fazer por você. Está acontecendo em todos os mercados e é um desafio incrível liderar este processo.

3. Em um desenho para o futuro, como a Dufrio se prepara para as transformações que o seu mercado enfrentará?

Com muito foco no cliente. Temos muita clareza que as ferramentas e tecnologia disponíveis no mercado hoje são apenas os meios que viabilizam melhorar a experiência de nossos clientes. É importantíssimo que a Dufrio esteja cada dia mais próximo de seus clientes e que o nosso time seja criativo para criar novas soluções, alternativas e melhorem num processo contínuo a nossa entrega de valor.

Estamos muito focado em conseguir atender nossos clientes da maneira mais sem fricção possível, utilizando as mais variadas tecnologias para isso. Sempre, reforço, para gerar valor ao cliente e, consequentemente, ajudando a modernizar o mercado e tornando a refrigeração mais acessível a todos.

4. Como iniciativas como o Caldeira podem contribuir na construção de um ecossistema de inovação em nossa Estado?

O Caldeira ajuda a mobilizar ainda mais esta energia de mudança que está presente nas empresas gaúchas. É um ambiente para fazer uma propulsão com diferentes insights, parcerias, networking, acesso a ferramentas modernas do mundo afora, promovendo uma desmistificação do processo de mudança e impulsionando as empresas para um futuro melhor, consequentemente melhorando a vida dos consumidores.