Grêmio apresenta desafios de inovação para startups da comunidade Caldeira

O Grêmio quer contar com o apoio do ecossistema de startups para entrar de vez na esteira da inovação, e ser muito mais que um clube de futebol convencional. Nesta quarta-feira (28), o Grêmio i9, programa de inovação do Tricolor em parceria com o Caldeira, apresentou seus principais desafios para uma arquibancada lotada de empresas da nova economia, na sede do Instituto Caldeira, em Porto Alegre.

Um dos times de futebol mais vitoriosos da América do Sul, o Grêmio é também uma marca centenária, com cerca de 10 milhões de torcedores espalhados pelo Brasil. Mas agora o Clube quer enfrentar desafios que vão além das quatro linhas. A meta é ser mais disruptivo e levar inovação para todos os gremistas, aprimorando a jornada do torcedor.

O primeiro encontro do Tricolor com a comunidade de startups, intitulado Pitch Reverso, serviu para o Clube apresentar suas dores referente ao Match Day (dia do jogo), disposto a investir e acelerar empresas com soluções disruptivas.

Thiago Baisch, diretor da Assessoria Estratégia Biz Mindset, que assessora o Clube nessa missão, explica que os dias de jogos são desafiadores em todos aspectos. O Grêmio chega a receber mais de 40 mil torcedores na Arena (estádio do Grêmio) e arredores, além dos milhares que acompanham o Tricolor de suas casas, o que gera um pico de consumo da marca que precisa ser melhor aproveitado.

A partir disso surgem desafios como: facilitar a pré-venda de bebidas e alimentos para quem vai ao estádio, a compra de ingressos em multicanais e check-in facilitados. Outro ponto é que o Clube tem mais sócios do que espaço no estádio, então é preciso pensar em como gerar benefícios para esses torcedores que não vão à Arena. 

“Uma das ideias é criar um plano de sócios exclusivo para quem não vai ao estádio, oferecendo facilidades, como descontos em lojas parceiras”, diz Baisch.

As startups participantes não precisam ter um MVP (Mínimo Produto Viável) pronto, pois serão aceitas ideias em desenvolvimento. As inscrições podem ser feitas neste link. As empresas selecionadas terão contato direto com o time de inovação do Tricolor e darão continuidade ao processo de incubação ou investimento.

De acordo com Baisch, o Tricolor está entrando de vez na esteira de inovação empresarial. Créditos: Instituto Caldeira.

O Grêmio quer mostrar que pode ser muito mais do que um clube convencional. Estamos falando de uma instituição de 120 anos, com mais de 100 mil sócios. Por isso, temos a obrigação de fazer projetos que vão além do futebol e coloque o Grêmio na esteira de inovação, comenta.

Segundo ele, o Clube vai realizar encontros semanais com as startups selecionadas às terças-feiras e, nas quintas-feiras , o objetivo é realizar imersões no ecossistema Caldeira. 

Após essa primeira fase voltada à jornada do torcedor, a iniciativa de inovação também irá tratar de oportunidades que envolvem um Grêmio inteligente, através da utilização de ciência de dados na área da saúde, como prevenção, performance e identificação de novos talentos. 

O Grêmio tem cerca de 10 alunos em 64 escolinhas de futebol espalhadas pelo Brasil e exterior. O Clube quer começar a ter a Inteligência Artificial (IA) e o uso massivo de dados para revelar novos Ronaldinhos Gaúchos e Darleis nas categorias de base. Este será um dos focos a partir do próximo semestre na comunidade Caldeira.

“O Instituto Caldeira já é referência no mercado como desenvolvedor de negócios. A gente é reconhecidamente uma empresa que está distante desse ambiente, então precisava encontrar uma instituição que nos pegasse pela mão e nos ajudasse a entrar nesse ambiente de inovação”, conclui Baisch.