Caldeira firma parceria com Porto Digital, de Recife, para internacionalização de startups

Em mais uma conexão que fortalece a sinergia dos ecossistemas de inovação, o Instituto Caldeira firmou um acordo de cooperação com o parque tecnológico de Recife, o Porto Digital. A parceria vai permitir o intercâmbio de startups e empresas entre os dois estados, mas também a internacionalização de startups brasileiras via Europa, através do Porto Digital Europeu. 

Neste ano, o hub de inovação de Pernambuco estendeu suas operações para a cidade de Aveiro, em Portugal, facilitando assim o processo de internacionalização para empresas de sua comunidade. O Porto Digital Europeu atua hoje como uma soft landing para empresas brasileiras na Europa, conectando esses players a fundos europeus que atuam em frentes inovadoras, além de toda questão de emissão de documentos para empreendedores e empreendimentos e contratações locais de contadores. 

O Porto Digital Europeu oferece em Portugal um hub com coworking, salas de reunião e treinamentos. “Toda a expertise que construímos em Recife estamos conseguindo espelhar lá”, explica Johnny Laranjeira, superintendente de Negócios e Empreendedorismo do Porto Digital.

Com a parceria, empresas da comunidade Caldeira ampliam as oportunidades de operações no continente europeu, a começar por Portugal, e também facilita o acesso ao ecossistema de Recife. 

O caminho inverso também é planejado, abrindo portas para a vinda de empresas portuguesas ao Brasil, tendo o Instituto Caldeira como uma das aberturas ao mercado, e o mesmo se repete para as empresas do Porto Digital em Recife.

“Nosso intuito é trabalhar a internacionalização consciente. Ou seja, não queremos tirar a empresa brasileira daqui e levar para a forma, mas sim que ela construa uma operação na Europa que permita captar recursos, ganhar o mercado e expandir seu negócio sem sair do Brasil”, comenta Laranjeira.

O ecossistema de inovação de Porto Alegre foi o primeiro a fechar parceria com o Porto Digital. Além do Instituto Caldeira, o Parque Tecnológico da PUCRS (TECNOPUC) também firmou acordo de cooperação. O Porto Digital quer agora se conectar a outros celeiros de startups do Brasil para promover a internacionalização dessas empresas.

Durante a visita da comitiva de Recife ao hub Caldeira, na última quinta-feira (14), a agenda contou com apresentação dos tradicionais pitches, mas desta vez de empresas pernambucanas que integram o Porto Digital. O dia também foi marcado por diversos momentos de integração, como mais uma edição do “Almoço Metropolitano” da Granpal, trazendo Cláudio Marinho (Founding Partner do Porto Marinho) para contar a experiência de um parque tecnológico urbano no centro histórico de Recife.

“A intenção de assinarmos termos de cooperação e parceria com instituições como o Porto Digital é estar cada vez mais próximos de boas startups e de bons desafios empresariais espalhados pelo Brasil e pela América Latina. É expandir o nosso alcance, unindo forças com os principais ecossistemas de inovação “, comemora Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira. 

Valério e Laranjeira assinam acordo de cooperação entre hubs de inovação. Créditos: Instituto Caldeira.

Sobre o Porto Digital

O Porto Digital é um dos principais parques tecnológicos e ambientes de inovação do Brasil e é um dos representantes da nova economia do Estado de Pernambuco. Instalado na área central do Recife, sua atuação se dá nos eixos de produção de software e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Criativa, além do foco no futuro das cidades por meio de prototipação com base em fabricação digital e internet das coisas (IoT).

Na sua fundação, em 2000, o parque tecnológico era formado por apenas três empresas e 46 pessoas. Atualmente, o Porto Digital abriga mais de 350 empresas, organizações de fomento e órgãos de Governo, com 17 mil profissionais e empreendedores. Esses empreendimentos geram um faturamento anual de mais de R$ 4,75 bilhões em 2022 e já é considerado o terceiro maior setor de serviços na capital pernambucana. Empresas de vários portes compõem o ecossistema do Porto Digital: de startups a multinacionais, como a Accenture, que transformou o Bairro do Recife em uma de suas áreas de atuação estratégica.